quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Insensibilidade

“E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. (Mt. 22:39)

Não obstante o homem tenha sido criado à imagem e semelhança de Deus, sendo este sentimental por natureza, o que se percebe é que muitas alterações lhe aconteceram, as quais têm mudado seu comportamento, tornando-o cada dia mais endurecido e, portanto, diferente de seu Criador. E, entre várias mudanças ocorridas, de forma que impressiona, está a insensibilidade, realidade esta digna de profunda reflexão, por ser algo que foge à compreensão. Como pode ser possível mensurar que, nestes dias de tão grande progresso e desenvolvimento filosófico, democrático, científico e tecnológico, os seres humanos tenham se tornado piores, no que diz respeito aos sentimentos e afeições para o próximo?
Do ponto de vista espiritual, as coisas ficam muito mais sérias, pois se trata de endurecer-se com relação às verdades divinas, espirituais e eternas, e isso é terrivelmente perigoso. A Bíblia Sagrada está cheia de relatos em que pessoas se endureceram e as conseqüências foram terríveis. Ela também contém muitas exortações feitas para evitar que isso aconteça.
A incredulidade, a avareza, a soberba, entre outras coisas, causam o endurecimento do coração, isto é, do espírito, a parte onde se originam as emoções e sensações. Uma vez que o espírito é endurecido, a pessoa já não tem mais a sensação do certo ou do errado e não mais percebe as verdades da Palavra de Deus, como está escrito: “Tornou-se-lhes o coração insensível, como se fosse sebo” (Sl 119. 70). Ela vê com os olhos, ouve com os ouvidos, mas não percebe, nem compreende; perdeu tais faculdades (At 28. 26,27). Por mais que ela ouça a Verdade, ou veja as operações do Senhor, é como se aquilo não estivesse acontecendo ou não existisse.


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