sábado, 22 de novembro de 2008

A Carta Aos Efésios

INTRODUÇÃO


Ao lado de Cl, Fl e Fm, a Epístola aos Efésios se apresenta como escrita por Paulo da prisão (3,1; 4,1; 6,20). A Igreja antiga, desde o II século, considerou Ef. como carta paulina. É difícil, contudo precisar quando e onde foi escrita, e até mesmo a que leitores se destina, pois em alguns dos melhores códices falta a indicação “em Éfeso” (1,1s). É improvável que Paulo tenha escrito uma carta tão impessoal aos efésios, entre os quais trabalhou quase três anos (At 19,1–20,1. 31), a ponto de considerá-los desconhecidos (Ef. 1,15; 3,2s; 4,21). Por isso vários críticos consideram Ef. uma espécie de carta circular, dirigida a várias comunidades da Ásia Menor.
A primeira parte é uma meditação sobre a Igreja como corpo de Cristo (1,3–3,21). O autor louva a Deus pela redenção e predestinação em Cristo à filiação divina (1,3-14); agradece pela graça da salvação, obtida de Cristo, que ressuscitou os efésios do pecado para fazê-los viver a vida celestial (1,15-23). A redenção e união de judeus e pagãos na única família de Deus, a Igreja, é fruto da morte e ressurreição de Cristo (2,1-12). A doutrina apostólica, especialmente de Paulo, é o fundamento desta Igreja (3,1-13); por isso o autor pede para que os leitores cheguem a compreender a grandeza do mistério de Cristo (3,14-21). Na segunda parte (4,1–6,20) exorta os leitores a uma conduta digna da vocação: a unidade de espírito na Igreja deve ser salvaguardada apesar da diversidade de dons e graças (4,1-16). Para tanto é necessário despojar-se dos antigos vícios e revestir-se do homem novo em Cristo (4,17-24), seguindo as exigências da vida cristã (4,25–5,21). Segue-se uma exortação dirigida aos vários membros da família cristã (5,22–6,9), convidados a travar o combate espiritual da fé (6,10-20), e a saudação final (6,21-24).
O autor se dirige a gentio-cristãos, aos quais era necessário recordar que a universalidade da Igreja inclui também um passado judeu-cristão. Adverte-os para o perigo de retrocesso na vida moral e para os desvios da fé (4,17s; 5,6s). Quer levar os cristãos a tomar consciência da radical transformação trazida pela morte e ressurreição de Cristo. Mas a plenitude do conhecimento de Cristo (3,14-19) e da vida cristã é um ideal a ser atingido por uma vigilância contínua: “Desperta tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará” (5,14).
Após a saudaqao inicial (1.1‑2) vem o louvor a Deus por sua atividade de predestinaqao e de redenção em Cristo (1.3‑14) e a ação de graças e oração em favor dos destinatários da carta (1.15‑23). O capítulo 2 lembra os leitores de sua pecaminosidade e de sua salvação pela graça (2.1‑10) e depois fala da paz e da unidade que Cristo traz (2.11‑22). Paulo fala do "mistério de Cristo", em que os gentios estão sendo levados a integrar um corpo junto com o antigo povo de Deus, Israel (3.1‑6), e da maneira como o propósito eterno de Deus se realizou em Cristo (3.7‑13). Isso conduz a uma oração pelos leitores, terminando com uma doxologia (3.14‑21).
Enfatiza‑se a importancia de manter "a unidade do Espírito" (4.1‑6) e também os dons de Deus a igreja, que criam condições para o crescimento em amor (4.7‑16). Os leitores são exortados a viver como filhos da luz (4.17‑5.21). Seguem orientações para a vida familiar, com exortações a esposas e maridos (5.22‑33), a filhos e pais (6.1‑4) e a escravos e senhores (6.5‑9). Paulo insta seus leitores a vestir a armadura que Deus da (6.10‑18), concluindo com um pedido para que usem a arma da oração em favor dele (6.19‑20). A carta termina com saudações finais (6.21‑24).


CONTEÚDO

Efésios é endereçada a um grupo de crentes ricos em Jesus Cristo além de toda medida, mas que vivem como mendigos, unicamente porque ignoram sua riqueza. Visto que ainda tem de aceitar sua riqueza, se relegam a viver como espiritualmente paupérrimos. Paulo começa descrevendo, nos capítulos 1‑3, o conteúdo da "conta bancária" celestial dos cristãos: adoção, aceitação, redenção, perdão, sabedoria, herança, o selo do Espírito Santo, vida, graça, cidadania ‑ em suma, toda benção espiritual. Apossando‑se de tão enorme dote espiritual, o cristão possui todos os recursos de que necessita para viver "para o louvor da glória de sua graça" (1.6). Os capítulos 4‑6 lembram uma clínica ortopédica, onde o cristão aprende a andar espiritualmente ancorado em sua riqueza espiritual. "Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus (1‑3) para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andassemos nelas" (2.10).
O título tradicional desta epístola a Pros Ephesious, "Aos Efesios". Muitos manuscritos antigos, contudo, omitem en Epheso, "em Éfeso", no capítulo 1, versículo 1. Isto tem levado muitos estudiosos a colocar em dúvida o conceito tradicional de que esta mensagem foi dirigida especialmente aos efésios. A teoria encíclica propõe que ela foi uma carta circular enviada por Paulo as igrejas da Ásia. Argumenta‑se que Efésios é realmente um tratado cristão destinado ao uso geral; não envolve controvérsia nem trata de problemas específicos em alguma igreja particular. Isto é corroborado pelo tom formal (sem termos carinhosos) e pela fraseologia distante ("depois que ouvi falar de vossa fé", 1.15; "se é que tendes ouvido" acerca de sua mensagem, 3.2). Estas coisas parecem inconsistentes com a relaqao que Paulo teria tido com os efésios depois de um ministério de quase três anos entre eles. Em contrapartida, a ausência de saudações pessoais não constitui apoio para uma teoria encíclica, visto que Paulo teria agido assim para evitar favoritismos. As únicas cartas que contêm saudações a pessoas específicas são Romanos e Colossenses, e estas foram endereçadas a igrejas que Paulo não visitara. Alguns estudiosos aceitam uma tradição antiga de que Efésios é carta de Paulo aos Laodicenses (C1 4.16), mas não há como ter certeza disso. Se Efésios começou como uma carta circular, eventualmente se associou a Éfeso, a principal dentre as igrejas da Ásia. Outra opção plausivel a que esta epístola foi diretamente endereçada aos efésios, mas escrita de tal maneira que se tornou util a todas as igrejas da Ásia.


AUTORIA

Toda evidência interna (1.1) e externa corrobora fortemente a autoria paulina de Efésios. Em anos recentes, contudo, os críticos tem revertido as bases internas num desafio contra a tradição antiga e unâni­me. Tem‑se argumentando que o vocabulário e o estilo são diferentes das demais epístolas de Paulo; mas isso ignora a flexibilidade de Paulo em diferentes circunstâncias (cf. Rom. e 2 Co.). A teologia de Efésios em alguns aspectos reflete um desenvolvimento posterior; mas isso deve ser atribuído ao próprio cultivo e meditação de Paulo sobre a igreja como o corpo de Cristo. Uma vez que a epístola nomeia claramen­to o autor no primeiro versículo, não é necessário teorizar que Efésios foi escrita por um dos alunos ou admiradores de Paulo, por exemplo Timó­teo, Lucas, Tíquico ou Onésimo.


DATA E CENÁRIO

No final de sua segunda viagem missionária, Paulo visitou Éfeso, onde se despediu de Priscila e Áquila (At 18.18‑21). Esta cidade estrategica era o centro comercial da Ásia Menor, mas um grande volume de sedimentos requeria que se mantivesse um canal especial para que os navios pudessem chegar ao porto. Éfeso era também um centro religioso, famoso especialmente por seu magnificente templo de Diana (nome romano), estrutura considerada uma das sete maravilhas do mundo antigo (cf. At 19.35). A prática de magia e a economia local estavam claramente relacionadas com este templo. Paulo permaneceu em Éfeso por quase três anos, em sua terceira viagem missionária (At 19; 20.30); a Palavra de Deus difundiu‑se por toda a província da Ásia. O eficaz ministério de Paulo começou a prejudicar seriamente o tráfico de magia e imagens, provocando um tumulto no grande teatro efésio. Paulo então partiu para a Macedônia, mas logo de­pois encontrou‑se com os presbíteros efésios em sua passagem rumo a Jerusalém (At 20.17‑38).
Paulo escreveu as "Epístolas da Prisão" (Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom) durante sua primeira prisão romana em 60‑62 d.C. Todas estas epístolas fazem referência a sua prisão (Ef 3.1; 4.1; 6.20; Fp 1.7, 13‑14; Cl 4.3, 10, 18; Fm 9‑10, 13, 23) e se adaptam bem ao cenário de Atos 28.16‑31. Isto especialmente procede a luz das referên­cias que Paulo faz a "guarda palaciana" (guarda oficial da residência do governador, Fp 1.13) e a "casa de Usar" (Fp 4.22). Alguns comentaristas acreditam que a prisão em uma ou mais destas epístolas se refere a prisão de Paulo em Cesaréia ou a uma hipotética prisão em Éfeso; mas o peso da evidência favorece o ponto de vista tradicional de que elas foram escritas em Roma. Efésios, Colossenses e Filemom foram evidentemente escritas quase ao mesmo tempo (cf. Ef 6.21‑22; Cl 4.7‑9), em 60‑61 d.C. Filipenses foi escrita em 62 d.C., nao muito antes da libertação de Paulo.


TEMA E PROPÓSITO

O tema de Efésios é a responsabilidade do crente de andar de acordo com sua vocação celestial em Cristo Jesus (4.1). Efésios não foi escrita para corrigir erros específicos numa igreja local, mas para prevenir problemas na igreja como um todo, encorajando o corpo de Cristo a buscar a solidez nele. Foi também escrita para tomar os crentes mais cônscios de sua posição em Cristo, uma vez que esta é a base para sua prática em todos os níveis da vida.


CHAVES PARA EFÉSIOS

Palavras‑chave: “Edificando o Corpo de Cristo”.
Versiculos‑chave (2.8‑10; 4.1‑3) ‑ "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que an­dássemos nelas" (2.8‑10).
"Rogo‑vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis como é dig­no da vocação com que fostes chamados, com toda humildade e mansi­dão, com longanimidade, suportando‑vos uns aos outros em amor, pro­curando diligentemente guardar a unidade do Espirito no vínculo da paz" (4.1‑3).
Capitulo‑chave (6) ‑ Ainda quando o cristão é abençoado "com toda sorte de benção espiritual nos lugares espirituais em Cristo" (1.3), a guerra espiritual é ainda uma experiência diária do cristão enquanto vive neste mundo. O capítulo 6 é o mais claro conselho de como "ser forte no Se­nhor a na forqa de seu poder" (6.10).


CRISTO EM EFÉSIOS

A importante frase de Paulo, "em Cristo" (ou seu equivalente), aparece cerca de trinta a cinco vezes, mais que em qual­quer outro livro do Novo Testamento. O crente esta em Cristo (1.1), nos lugares celestiais em Cristo (1.3), escolhido nele (1.4), adotado através de Cristo (1.5), no Amado (1.6), redimido nele (1.7), recebeu uma he­rança nele (1.11), recebeu esperança nele (1.12), está selado nele (1.13), vivo juntamente com Cristo (2.5), ressuscitado e sentado com ele (2.6), criado em Cristo (2.10), aproximado pelo seu sangue (2.13), edificado em Cristo (2.21), participante da promessa em Cristo (3.6) e tem acesso pela fé nele (3.12).


CONTRIBUIÇÃO À BÍBLIA

Diferentemente de Gálatas, que é uma carta muito pessoal e controvérsa, Efésios é formal e impessoal em seu estilo e ausência do espírito controverso em seu tema. Paulo comunica apenas dois fatos acerca de si nesta epístola: sua prisão e sua razão para enviar Tíquico. É diferentemente do restante de suas epístolas, a benção esta na terceira pessoa (6.23‑24). Efésios esta cheia de pensamentos sublimes e de um rico vocabulário, especialmente nos capítulos 1‑3, onde a teolo­gia e o culto se entretecem. Muitos a consideram o mais profundo livro do Novo Testamento.


VISTA – PANORÂMICA DE EFÉSIOS

Paulo escreveu esta epístola para tor­nar os cristãos mais conscientes de sua posição em Cristo e para motiva­los a beber de sua fonte espiritual no viver diário: "andeis como é digno da vocação com que fostes chamados" (4.1; ver 2.10). A primeira meta­de de Efésios cataloga as possessões celestiais dos crentes: adoção, re­denção, herança, poder, vida, graça, cidadania e o amor de Cristo. Não há imperativos nos capítulos 1‑3, os quais focalizam somente os dons divinos. Os capítulos 4‑6, porém, incluem trinta e cinco diretrizes na última metade de Efésios, que fala da responsabilidade dos crentes de conduzir‑se de acordo com sua vocação individual. E assim Efésios co­meça no céu, porém termina no lar e em todos os demais relacionamen­tos da vida diária. As duas divisões são: a posição do cristão (1.1‑3.21) e a pratica do cristão (4.1‑6.20).
A Posição do Cristão (1.1‑3.21): Depois de um prólogo de dois versículos, numa só longa sentença grega Paulo exalta o Deus triuno pelas riquezas da redenção (1.3‑14). Este hino a graça de Deus louva o Pai por nos haver escolhido (1.3‑6), o Filho por nos haver redimido (1.7‑12) e o Espirito Santo por nos haver selado (1.13‑14). A obra salvifica de cada Pessoa divina e "para o louvor da glória de sua graça" (1.6, 12, 14). Antes de prosseguir, Paulo oferece a primeira das duas significativas ora­ções (1.15‑23; cf. 3.14‑21). Aqui ele pede que os leitores recebam a iluminação espiritual para que possam chegar a percepção do que é de fato verdadeiro. Em seguida, Paulo descreve o poder da graça de Deus, con­trastando sua condição anterior com sua presente vida espiritual em Cris­to, salvação esta alcançada não por meio de obras humanas, mas por meio da graça divina (2.1‑10). Esta redenção inclui os judeus, mas também se estende aos gentios que anteriormente eram "estranhos aos pactos da pro­messa" (2.12). Em Cristo os dois pela primeira vez se tornaram membros do mesmo corpo (2.11‑22). A verdade de que os gentios se tornariam "co­herdeiros do mesmo corpo" (3.6) fora anteriormente um mistério que ago­ra tem sido revelado (3.1‑13). A segunda oração de Paulo (3.14‑21) ex­pressa seu desejo de que os leitores sejam fortalecidos com o poder do Espirito e apreendam plenamente o amor de Cristo.
A Pratica do Cristão (4.1‑6.24): O versiculo central de Efésios (4.1) traça uma linha muito tenue entre as divisões doutrinais e praticas deste livro. Há uma relação de causa e efeito entre os capítulos 1‑3 e 4‑6, porque o andar espiritual do cristão deve estar radicado em sua riqueza espiritual. Como Paulo enfatizou em Romanos, a conduta nao determina a benção; ao contrário, a benção é que determina a conduta.
Devido a unidade de todos os crentes no corpo de Cristo, o cresci­mento e a maturidade vem "segundo a justa operação de cada parte" (4.16). Isto envolve o exercício dos dons espirituais em amor. Paulo exorta os leitores a "despojar‑vos, quanto ao procedimento anterior, do velho homem" (4.22) "e a vos revestir do novo homem" (4.24) que se manifes­tará pelo andar em integridade no meio de todo o povo. Eles tambem devem conservar um viver santo como filhos da luz (5.1‑21). Toda relação (esposas, esposos, filhos, pais, escravos, senhores) deve transfor­mar‑se mediante a nova vida em Cristo (5.22‑6.9). A descrição vívida da guerra espiritual e da armadura de Deus (6.10‑20) é seguida de uma palavra acerca de Tiquico a em seguida é dada a benção (6.21‑24).



ESBOÇO DE EFÉSIOS

Parte Um: A Posição do Cristão (1.1‑3.21)

I. Louvor pela Redenção 1.1‑14
A. Saudação de Paulo 1.1‑2
B. Escolhidos pelo Pai 1.3‑6
C. Redimidos pelo Filho 1.7‑12
D. Selados pelo E.S. 1.13‑14
II. Oração por Revelação 1.15‑23
III. Posição do Cristão 2.1‑3.13
A. A Posição do Cristão Individualmente 2.1‑10
B. Antiga Condição 2.1‑3
C. Nova Condição 2.4‑10
D. A Posição do Cristão Corporativamente 2.11‑3.13
E. Reconciliação dos Judeus e Gentios 2.11‑22
F. Revelação do Mistério da Igreja 3.1‑13
IV. Oração por Realização 3.14‑21

Parte Dois: A Pratica do Cristão (4.1‑6.24)

I. Unidade na Igreja
A. Exortação e Unidade

B. Explicação da Unidade 4.4‑6
C. Meios para a Unidade 4.7‑11
D. Propósito dos Dons 4.12‑16
II. Santidade na Vida 4.17‑5.21
A. Despindo‑se do Velho Homem 4.17‑22
B. Revestindo‑se do Novo Homem 4.23‑29
C. Nao Entristecendo o Espirito Santo 4.30‑5.12
D. Andando como Filhos da Luz 5.13‑17
E. Enchendo‑se do Espirito 5.18‑21

III. Responsabilidades no Lar e no Trabalho 5.22‑6.9
A. Esposas: Submissão a Seus Esposos 5.22‑24
B. Esposos: Amor por Suas Esposas 5.25‑33
C. Filhos: Obediência a Seus Pais 6.1‑4
D. Servos: Serviço Sincero a Seus Senhores 6.5‑9
IV Conduta no Conflito . 6.10‑24
A. Vestindo a Armadura de Deus 6.10‑17
B. Orando com Ousadia 6.18‑20
C. Conclusão 6.21‑24



CONCLUSÃO

A Unidade da Igreja é o objetivo principal desta carta; Judeus e Gentios são um em Cristo.
Paulo dedicou a vida a ensinar aos gentios que eles podiam ser cristãos sem se tornar proselitos dos judeus. Em geral, isso desagradava a estes porquanto, na sua concepção, a Lei mosaica obrigava a todos, e tinham fundos preconceitos contra os gentios incircuncisos que se atreviam a se ter na conta de discípulos do Messias judeu.
Por um lado, Paulo ensinava aos gentios que permanecessem firmes como rochedo na liberdade que tinham em Cristo, como fez nas cartas aos Gálatas e aos Romanos; por outro lado, nao queria que esses gentios tivessem preconceitos contra os judeus, seus companheiros cristãos, antes os considerassem como irmãos em Cristo.
Não queria ver duas igrejas: uma judaica e outra gentilica: mas uma igreja: judeus e gentios; um em Cristo.
Seu gesto, em favor dessa unidade, visando os elementos judaicos da Igreja, foi a grande oferta em dinheiro que levantou nas igrejas gentilicas, ao fim de sua terceira viagem missionária, em prol dos crentes pobres da igreja-mãe em Jerusalem (Atos 21). Esperava que esta demonstração de amor cristão levasse os cristãos judeus a ser mais benévolos para com seus irmãos gentios.
Seu gesto, em favor dessa mesma unidade, tendo em mira os elementos gentílicos da Igreja, foi esta Epistola, escrita ao principal centro de seus convertidos gentios, onde exalta a UNIDADE, UNIVERSALIDADE e GRANDEZA INDIZIVEL do corpo de Cristo.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Introdução ao Novo testamento – D. A. Carson, Douglas J. Moo, Leon Morris – Editora Vida Nova.

- Descobrindo a Bíblia – Bruce Wilkinson & Kenneth Boa – Editora Candeia.

- Manual bíblico – H. H. Halley – Editora Vida Nova.

- CD Bíblia sagrada Seafox.







Um comentário:

  1. Meu Deus, quanta percepção e sensibilidade para fazer essa análise!!! Tão séria e profunda quanto a própria carta.

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