sábado, 22 de novembro de 2008

A Primeira Carta de João

INTRODUÇÃO

A Igreja antiga, desde o final do II século, atribui três epístolas ao apóstolo João, devido ao seu parentesco teológico e estilístico indiscutível com o IV Evangelho. Percebe-se de fato maior semelhança entre 1Jo e o IV Evangelho, e entre a segunda e a terceira epístola. Hoje se admite geralmente que o autor de 1Jo e do IV Evangelho sejam o mesmo. Aceita-se também que 2Jo e 3Jo devem ter sido escritas pela mesma pessoa. Vários críticos julgam que o autor destas últimas seja o mesmo do IV Evangelho. É incerto, porém, quem seja este autor. Poderia ser o apóstolo João, o “presbítero” João, mencionado por Pápias como chefe da Igreja de Éfeso, ou um anônimo, discípulo do apóstolo João. As três epístolas foram escritas provavelmente pouco depois do Evangelho, pelo final do I século, em Éfeso.
A 1Jo, que não tem forma epistolar, é um escrito de caráter exortativo dirigido a várias comunidades relacionadas entre si e atribuladas pelos mesmos problemas. No seio da comunidade (2,18s.26; 3,7) surgiu um grupo de hereges que pretendia conhecer e amar a Deus (2,4; 4,8. 20); consideravam-se sem pecado (1,8. 10), mas não praticavam os mandamentos (2,4) nem a caridade fraterna (2,9); diziam ter comunhão com Deus (2,6. 9), mas negavam que Jesus fosse o Cristo, o Filho de Deus (2,22s; 4,15; 5,5. 10s) e verdadeiro homem que morreu na cruz (5,6). Tentavam dissociar o Jesus da história do Cristo da fé, e separar a fé da vida prática.
Trata-se provavelmente da heresia docetista que atribuía um corpo apenas aparente a Cristo, negando a encarnação. O autor quer fortalecer a fé tradicional dos cristãos para não se deixarem abalar pela propaganda herética. Para enfrentá-la, quer formar uma certeza: são os fiéis e não os hereges, que possuem a vida divina (5,13). Para tanto insiste em duas idéias básicas, interligadas entre si: a comunhão com Deus e a comunhão ou caridade fraterna. Não há comunhão com o Pai sem o reconhecimento da mediação do próprio Filho de Deus (1,13), feito carne. Não há comunhão com Deus sem amor ao próximo (1,3. 6). Em Cristo temos a vida eterna e conhecemos a Deus (5,20): Ele é luz (1,5-28), justiça (2,29–4,6) e amor (4,7-21).


VISTA PANORAMICA

João escreve sua primeira epístola numa época em que a doutrina apostólica estava sendo questionada pela inten­sa proliferação de falsos ensinos. Como 2 Pedro e Judas, 1 João exerceu um papel negativo e um positivo: ela refuta as doutrinas errôneas e esti­mula seus leitores a andar no conhecimento da verdade. João arrola o criterio a as características da comunhão com Deus e mostra que aqueles que permanecem em Cristo podem nutrir confiança e certeza na presen­ça dele. Esta obra simples, porem profunda, desenvolve o significado da comunhão segundo as bases da comunhão (1.1‑2.27) e o comportamen­to da comunhão (2.28‑5.21).
As Bases da Comunhão (1.1‑2.27): O prologo de João (1.1‑4) lem­bra o princípio do contato apostólico com Cristo. Ele relata seu desejo de transmitir este testemunho apostólico e seus leitores para que eles pudessem participar da mesma comunhão com Jesus Cristo, e personifi­cação da vida. Esta proclamação é seguida de uma descrição das condi­ções da comunhão (1.5‑2.14). A comunhão com um Deus de luz se faz possível pelo sangue de Cristo, o qual purifica o crente e propicia (satis­faz) as justas exigências do Pai. Os crentes devem andar em integridade e sinceridade em relação ao que a luz revela, desejosos de confessar as falhas expostas pela luz. Embora nenhum exemplo específico de pecado seja visto como inevitável na vida cristã, a completa impecabilidade não será uma realidade enquanto não estivermos na presença de Deus (3.2).
Os pecados dos leitores tem sido perdoados e já desfrutam de comu­nhão com Deus. Em consequência, os leitores conhecem "aquele que é desde o princípio" e são fortalecidos para que possam vencer as tentações do maligno (2.12‑14). As precauções para a comunhão são tanto praticas (as concupiscências do sistema corrupto do mundo que se opoem a Deus, 2.15‑17) quanto doutrinais (os ensinos dos que fazem distinção entre Jesus e o Cristo, 2.18‑23). Em contraste com estes "anticristos", os leitores tem o conhecimento da verdade e a unção do Santo. Portanto, ser‑lhes‑ia tolice apostatar dos ensinos dos apostolos em busca das ino­vações dos anticristos. O antídoto para estes ensinos heréticos consiste em permanecer nas verdades apostolicas, as quais "eles ouviram desde o princípio" e são autenticadas pela unção que receberam (2.24‑27).
O Comportamento da Comunhão (2.28‑5.21): O tema basico de 1 João e sumariado em 2.28 ‑ convicção através da permanencia em Cristo. O versículo seguinte introduz o tema da regeneração e declara que a regeneração se manifesta na pratica da justiça (2.29‑3.10). Visto que somos filhos de Deus pela fé em Cristo, temos uma fume esperança de sermos plenamente conformados a ele em sua manifestação (3.1‑3). Nossa atual semelhança a Cristo nos coloca numa posição de incompatibilidade com o pecado, visto ser ele contrário a pessoa e obra de Cristo (3.4‑6). O conceito (3.6) não contradiz o capitulo 1, versiculo 8, que diz que quem permanece, se é que ele permanece, não é no pecado. Quando o crente peca, ele nao reflete o novo homem regenerado, mas Satanas, o pecador original (3.7‑10).
A regeneração é demonstrada na retidão (2.29‑3.10), e a retidão se manifesta no amor (3.10‑23). O apostolo usa o exemplo de Caim com o fim de ilustrar o que o amor não é: o ódio é homicidio em espirito, e ele se ergue da esfera mundana da morte. João, pois, usa o exemplo de Cris­to com o fim de ilustrar o que o amor é: o amor é praticado no auto­sacrificio, não na mera confissão. Esta expressão prática do amor resulta da convicção na presença de Deus e nas orações respondidas em razão de o crente andar em obediência aos mandamentos de Deus para crer em Cristo e amar reciprocamente.
João introduz dois importantes temas (3.24), os quais são desenvolvi­dos no capitulo 4, versiculos 1‑16: o Deus habitante e o Espírito como sinal desta habitação. O Espirito de Deus confessa o Cristo encarnado e confirma a doutrina apostolica (4.1‑6). A permanencia mutua do crente em Deus e de Deus no crente se manifesta no amor pelos outros, e este amor produz uma comunhão divina e humana que testifica e reflete a realidade da encarnação (4.7‑16). Tambem antecipa a perfeita comu­nhão por vir e cria prontidão para enfrentar aquele de quem todo o amor deriva (4.17‑19).
João reúne os conceitos que apresentou numa cadeia circular de seis elos, a qual começa com o amor pelos irmãos (4.20‑5.17): (1) O amor pelos crentes e o produto inseparável do amor por Deus (4.20­5.1). (2) O amor por Deus emana da obediência e seus mandamentos (5.2‑3). (3) A obediência a Deus é o resultado da fé em seu Filho (5.4‑5). (4) Esta fé é em Jesus, que era o Cristo não só em seu batismo (a agua), mas tambem em sua morte (o sangue; 5.6‑8). (5) O divino testemunho quanto a pessoa de Cristo é digno de plena confiança (5.9‑13). (6) Esta fé produz convicto acesso a Deus em oração (5.14­17). Visto que a oração intercessória é uma manifestação do amor pelos outros, a cadeia se fecha.
O epílogo (5.18‑21) sumaria as conclusões da epistola numa série de três certezas: (I) O pecado é uma ameaça a comunhão e deve ser considerado algo estranho na posição do crente em Cristo (cf. Rm 6). (2) O crente esta com Deus contra o sistema satanico do mundo. (3) A Encarnação produz verdadeiro conhecimento a comunhao com Cristo. Visto ser ele "o verdadeiro Deus e a vida eterna", aquele que o conhece deve fugir do engodo de qualquer substituto.


CONTEÚDO

Deus é luz; Deus é amor; é Deus a vida. João desfruta de uma deliciosa comunhão com o Deus de luz, de amor e de vida, e ansiosamente deseja que seus filhos espirituais desfrutem da mesma comunhão.
Deus é luz. Portanto, para que nos engajemos na comunhão com ele, é preciso que andemos na luz e não nas trevas. Quando andamos na luz, confessamos regularmente nossos pecados, permitindo que o sangue de Cristo nos purifique continuamente. Cristo age como nosso advogado de defesa perante o Pai. A prova de nosso "andar na luz" será obediência aos mandamentos de Deus, substituindo pelo amor qualquer odio que porventura nutrimos por nossos irmãos. Os dois maiores bloqueios e impedir este andar serão: ceder a inclinação do amor pelo mundo e a influência das fascinantes mentiras dos falsos mestres.
Deus é amor. Já que somos seus filhos, então devemos andar em amor. De fato, João diz que, se não amamos, não conhecemos a Deus. Adicionalmente, nosso amor precisa ser pratico. Amar envolve mais que meras palavras; amar é ação. Amar é dar, não receber. O amor biblico é incondicional em sua natureza. E amar "a despeito de". O amor de Cristo preenche todas essas qualidades e, quando essa marca de amor nos caracteriza, então estamos livres da autocondenação e experimentamos confiança na presença de Deus.
Deus é vida. Os que andam em comunhão com ele precisam possuir essa qualidade de vida. A vida espiritual começa com o nascimento espiritual. O nascimento espiritual ocorre por meio da fé em Jesus Cristo. A fé em Jesus Cristo infunde em nós a vida de Deus ‑ a vida eterna. Portanto, aquele que anda em comunhão com Deus andará em luz, em amor e em vida.
Embora o nome do apostolo João não seja encontrado neste livro este recebeu o titulo loannou A, "Primeira Joao".

ESTRUTURA

A estrutura de 1 João é objeto de debates, em grande parte porque João trata de vários temas e fica voltando a eles em contextos ligeiramente diferentes. Praticamente todos os grupos concordam que João apresenta três teses: (1) os crentes verdadeiros devem reconhecer que Jesus é realmente o Cristo vindo em carne, e essa crença deve se manifestar em retidão e amor.
A semelhança da epistola aos Hebreus, 1 João não exibe nenhuma das caracteristicas formais que normalmente acompanham as introduções de cartas escritas em grego no seculo I. Apesar disso, as referências pessoais, os laços que o autor tem com seus leitores a os referentes históricos explicitos (2.19) deixam claro que não se pretendia que este escrito fosse um ensaio abstrato, um mero paníletol ou um tratado para cristãos de todos os lugares: (2) 1 João foi escrita para ser lida como carta pastoral em uma ou várias congregações. Há evidências em favor da teoria de que a forma incomum da carta é resultado da intenção que seu autor teve de envia‑la a várias congregações junto com um bilhete anexo em que personalizava cada entrega: 2 João pode ser um desses bilhetes. 3 Joao não se caracteriza tao bem e pode ser o único que chegou ate nós.


AUTORIA

A evidência externa em prol da autoria de 1 João revela que desde o princípio ela foi universalmente aceita como autoritativa sem nenhuma contestação. Foi usada por Policarpo (que conheceu João em sua juventude) e Papias nos primórdios do segundo século, e no fim desse século Irineu (que conheceu Policarpo em sua juventude) a atribuiu ao apostolo João. Todos os pais da igreja grega e latina aceitaram esta epistola como joanina.
A evidência interna corrobora esta tradição universal porque a fraseologia "nós" (apostolos), "vós" (os leitores) e "eles" (os falsos mestres) coloca o escritor na esfera do testemunho ocular apostolico (cf. 1.13; 4.14). O nome de João era bem conhecido dos leitores, e tornava‑se desnecessária sua menção nominal. O estilo e vocabulário de 1 João são tão semelhantes aos do quarto Evangelho, que a maioria dos estudiosos reconhece estes livros como oriundos da mesma pena. Ambos compartilham de muitas frases distintamente joaninas, e as caracteristicas do vocabulário limitado e o frequente contraste dos opositores são igualmente comuns. Mesmo assim, alguns criticos tem atacado esta conclusão sob diversas razões, mas as diferenças teológicas e estilisticas não são substânciais a ponto de obliterar as abundantes si­milaridades.
O ponto de vista tradicional é igualmente rejeitado por aqueles que sustentam que o quarto Evangelho e as três epistolas foram escritas por João, o "ancião" ou "presbitero", o qual se distingue de João, o apóstolo. A tinica base para tal distinção, porem, se encontra na interpretação que Eusebio, em sua Historia Eclesiástica (323 d.C.), faz de uma declaração de Papias. Eusebio entendia a passagem como uma referência a dois Joãos distintos, mas o fraseado não impoe tal idéia; o João ancião e o João apóstolo seriam uma e a mesma pessoa. Mesmo que fossem dife­rentes, não há evidência para contradizer o consistente reconhecimento da igreja primitiva de que este livro foi escrito pelo apóstolo João.


DATA E CENÁRIO

Em Atos 8.14, João se associa aos "apóstolos que estavam em Jerusalem", e Paulo, em Galatas 2.9, o aponta como um dos "pilares" da igreja de Jerusalem. Fora de Apocalipse 1, o Novo Testa­mento mantem silêncio acerca de seus ultimos anos, mas a tradição cris­tológica invariavelmente nos informa que ele deixou Jerusalem (provavelmen­te não muito depois de sua destruição em 70 d.C.) e exerceu seu ministé­rio em Éfeso e arredores. As sete igrejas da provincia romana da Asia, mencionadas em Apocalipse 2 e 3, eram evidentemente parte deste mi­nistério. Embora não haja destinatário em 1 João, é provavel que o autor tenha endereçado esta epistola as igrejas asiaticas que se achavam den­tro do ambito de sua supervisão.
Os crentes nessas congregações estavam estabilizados na verdade cris­tã, e João escreveu‑lhes não como neófitos, mas como irmãos fundados na doutrina apostólica (2.7, 18‑27; 3.11). O apóstolo não menciona suas atividades pessoais, mas o uso que ele faz de termos tais como "amados" e "filhinhos meus" dão a esta carta um toque pessoal que revela sua intima relação com os destinatários originais. 1 Joao provavelmente foi escrita em Éfeso depois do Evangelho de João, porem a data nao pode ser fixada com certeza. Não se menciona nenhuma perseguição, 1 João sugere uma data anterior a 95 d.C., quando a perseguição foi interrompi­da durante o fim do reinado de Domiciano (81‑96 d.C.).
Avançado em anos, João escreveu esta epístola paternal movido pela amorosa preocupação por seus "filhos", cuja firmeza na verdade estava sendo ameaçada pela atração do mundanismo e pelo engodo dos falsos mestres. A heresia gnóstica ensinava que a materia é inerentemente má, e, portanto, um ser divino não podia assumir a carne humana. Isto resul­tou na distinção entre o homem Jesus e o Cristo espiritual que veio sobre Jesus em seu batismo, mas o deixou antes de sua crucifição. Outra vari­ação foi o docetismo (de dokeo, "parecer"), a doutrina de que Cristo apenas aparentava ter um corpo humano. O resultado em ambos os casos foi o mesmo ‑ uma vazia negação da encarnação.
Os gnósticos tambem criam que sua compreensão do conhecimento oculto (gnosis) fazia deles uma elite espiritual, que jazia acima das dis­tinções normais de certo e errado. Isto, na maioria dos casos, levou a deplorável conduta e completa desconsideração pela etica cristã.


TEMA E PROPÓSITO

O tema principal de 1 João é a comunhão com Deus. João queria que seus leitores nutrissem a certeza da habitação de Deus por meio de sua constante comunhão com ele (2.28; 5.13). A fé em Cristo precisa manifestar‑se na pratica da justiça e do amor pelos ir­mãos, o que por sua vez produz alegria e confiança na presença de Deus. João escreveu esta epístola com o fim de encorajar este genero de comu­nhão a enfatizar a importância de reter a doutrina apostólica.
1 João foi também escrita com vistas a refutar os destrutivos ensinamentos dos gnósticos. Estes "anticristos" fracassaram em três testes: um viver justo, o amor pelos irmãos e a convicção de que Jesus é o Cristo, o Deus‑homem encarnado.


CONTRIBUIÇÃO A BÍBLIA

As características comuns de uma carta (sau­dação, destino, congratulações, benção) estão ausentes em 1 João, al­guns estudiosos a consideram um sermão transcrito. João, porém, tinha em mente leitores e uma situação definidos, e compôs esta obra ("estas coisas vos escrevo", 2.1; cf. 1.4; 2.7‑8, 12‑14, 21, 26; 5.13) com um interesse específico em mente. Assim, podemos considerar esse 1 João como uma epístola escrita numa forma homilética.
Como o quarto Evangelho, a primeira epístola de João esta escrita com candida simplicidade de estilo e vocabulário. João habilmente usa esta simplicidade como veículo para expressar alguns de seus mais pro­fundos conceitos de toda a Escritura. Certas idéias como luz, amor, vida, verdade e justiça são amiude reiteradas, não de forma monótona, mas como assuntos progressivos que são enriquecidos a medida que a epísto­la avança. Há tambem uma abundância de paralelismo antitético: luz versus trevas; verdade versus falsidade; amor versus odio; amor pelo mundo versus amor pelo Pai; Cristo versus anticristos; filhos de Deus versus filhos do Diabo; justiça versus pecado; Espírito de Deus versus espírito do Anticristo; vida versus morte.
1 João se caracteriza por sua declaração autoritativa da verdade e severa denuncia do erro, a no entanto o espírito de amor prevalece. A estrutura do livro é sutil, tornando difícil a elaboração de um esboço, especialmente em virtude de como João entretece os assuntos. Surpre­endentemente, não há nenhuma citação do Antigo Testamento, e só se menciona um único incidente veterotestamentário. Finalmente, o Evangelho de João e a primeira epístola são obras complemen­tares em seu conteúdo e propósitos (cf. 2.28; 5.13; Jo 20.30‑31).


CHAVES PARA 1ª JOÃO

Palavra‑chave: Comunhão
Versiculos‑chave (1.3‑4; 5.11‑13) ‑ "Sim, o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que vós tambem tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que nosso gozo seja completo" (1.3‑4).
"E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida esta em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevo, a vós que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna" (5.11‑13).
Capitulo‑chave (1) ‑ As duas passagens centrais do Novo Testamen­to para a continua comunhão com Deus são João 15 e 1 Joao 1. A pri­meira relata o lado positivo da comunhão, isto é, permanecer em Cristo. A segunda desvenda o outro lado, destacando que, quando os cristãos não permanecem em Cristo, devem buscar o perdão antes que a comu­nhão lhes seja restaurada.


CRISTO EM 1ª JOÃO

O presente ministério de Cristo é descrito nesta epistola (1.5‑2.22). Seu sangue purifica continuamente o crente de todo pecado, e ele é nosso Advogado justo na presença do Pai. Esta epístola põe particular ênfase na identidade de Jesus como o Cristo (2.22; 4.2‑3) em refutação a doutrina gnóstica. Je­sus Cristo "veio através da agua e do sangue" (5.6); ele era a mesma pessoa indivisível desde o princípio (seu batismo) até o fim (sua crucifição) de seu ministério público.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


- Introdução ao Novo testamento – D. A. Carson, Douglas J. Moo, Leon Morris – Editora Vida Nova.

- Descobrindo a Bíblia – Bruce Wilkinson & Kenneth Boa – Editora Candeia.

- Manual bíblico – H. H. Halley – Editora Vida Nova.

- CD Bíblia sagrada Seafox.






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