sábado, 22 de novembro de 2008

A Segunda Carta Aos Coríntios

VISÃO GERAL


Paulo escreveu esta epístola na Macedônia, provavelmente em Filipos, após sair de Éfeso (2Cor. 2,12s; 7,5s; 8,1s; 9,2), durante a viagem de despedida (At. 20,1s), no outono de 57.
A missão de Timóteo em Corinto (1Cor. 4,17; 16,10; At. 19,33) não surtiram o efeito esperado. Ao contrário, o relacionamento de Paulo com os coríntios piorou tanto que resolveu visitá-los pessoalmente, como se deduz em 2Cor. 12,14 e 13,1. Mas em vez de conseguir esclarecer os fatos, foi ofendido gravemente por alguém da comunidade (2,5). Desgostoso, Paulo voltou precipitadamente a Éfeso. De lá escreveu uma nova carta. Os termos da carta parecem ter sido violentos (2,3; 7,8). Nela pedia que castigassem “o ofensor” (7,12) e lhe fossem obedientes (2,9). A “carta das lágrimas” foi levada por Tito, encarregado de apaziguar os ânimos e preparar a coleta. Teve bom êxito, pois causou “tristeza segundo Deus” (7,9).
Paulo havia combinado encontrar-se com Tito em Trôade, logo que este concluísse a missão em Corinto. Não o encontrando ali, preocupado com a situação em Corinto, partiu para encontrá-lo na Macedônia (2,12-13). As notícias de modo geral foram consoladoras (7,6s). A grande maioria apoiava Paulo. Mesmo assim enviou Tito de volta com a 2Cor. Escreveu-a para esclarecer alguns pontos, insistir na coleta e sobretudo para defender sua autoridade, contestada por alguns adversários (10,2). Criticavam eles seu caráter (10,1.10s) e lhe negavam a qualidade de apóstolo (12,12; 13,3; 3,1-3). Eram de origem judaica (11,22) e vieram a Corinto com cartas de recomendação (10,12.18); contavam vantagens (12,1.7.12-18), pretendendo conhecer Cristo (10,7; 11,23) e ser seus apóstolos (11,5.13; 12,11). Paulo os acusa de comércio com o Evangelho (2,17), de pregarem um Cristo, um Espírito e um Evangelho diferentes (11,4), de serem falsos apóstolos e servidores de Satanás (11,13-15).
A unidade da epístola é contestada sobretudo pela diferente tonalidade de 2Cor. 1–9, mais serena, e de 2Cor. 10–13, violenta e apaixonada, além de 6,14–7,1 que parece ser uma inserção estranha. A relação entre estas partes e entre os capítulos 8 e 9 continua sendo um enigma. Mas as razões apresentadas contra a unidade não são convincentes.
A epístola apresenta três partes bem distintas. Na primeira parte (1–7) Paulo procura restabelecer a confiança dos coríntios, defendendo sua sinceridade. Não adiou a viagem prometida, por leviandade, mas a fim de amadurecê-los para o perdão 1,11–2,13. Depois (2,14–7,4) passa a falar da grandeza de seu ministério apostólico, superior ao da antiga aliança (2,14–4,6), cheio de tribulações e de esperança (4,7–5,10), exercido em nome de Cristo para reconciliar o mundo com Deus (5,11-21), especialmente os coríntios (6,1–7,16). Os capítulos 8 e 9 dão instruções para a coleta em favor da Igreja de Jerusalém. Em 10–13 Paulo defende, num estilo vibrante e apaixonado, a autenticidade de seu ministério contra os ataques dos adversários.
O valor da epístola está sobretudo nas numerosas notícias pessoais sobre Paulo e seu ministério, nas informações sobre a comunidade e seus problemas, na luta de Paulo pela unidade da Igreja e a união ecumênica das igrejas locais na coleta em favor da igreja de Jerusalém.


ESBOÇO

II CORÍNTIOS

1. Saudação (1:1,2)
2. Paulo Explica o seu Ministério (1:3 - 2:13)
3. Paulo Defende o seu Ministério (2:14 - 7:4)
4. Paulo Comenta uma Carta Anteriormente Enviada (7:5-16)
5. A Graça de Deus e o Privilégio da Doação (8:1 - 9:15)
6. Paulo Defende Novamente o seu Ministério (10:1 - 12:13)
7. Paulo Prepara a sua Viagem (12:14 - 13:10)
8. Despedida (13:11-13)


DATA E OCASIÃO DA CARTA.

Paulo passara um ano e meio em Corinto, na parte final da sua segunda viagem missionária, cerca de 50‑51 d.C., e ali fizera uma multidão de discípulos, At 18:10, 11. Depois, na sua terceira viagem missionária, passara três anos em Éfeso, 54‑57 d.C. Então, na primavera de 57 d.C., ainda estando em Éfeso, Paulo escreveu 1 Coríntios, 1 Co 16:8. Logo depois, houve o grande tumulto no qual Paulo quase perdeu sua vida, At 19.
Deixando Éfeso, Paulo foi para a Macedônia, no seu caminho para Corinto. Enquanto estava na Maced6nia, no verão e no outono, visitando as Igrejas na região de Filipos a Tessalônica, no meio de muita ansiedade e sofrimento, esperando por notícias de Corinto, Paulo encontrou Tito que estava de volta de Corinto, com a noticia que a Carta de Paulo tinha feito bom efeito, 2 Co 7:6, mas que ainda havia líderes na Igreja que quiseram negar que Paulo fosse um genuíno Apóstolo de Cristo.
Foi então que Paulo escreveu esta Epístola, e a mandou pela mão de Tito, 8:6, 17, antes de ele pessoalmente viajar para Corinto.
O propósito da epístola parece ter sido a vindicação de Paulo de sua posição de Apóstolo de Cristo, lembrando aos membros da Igreja que ele a fundara, e que tinha, portanto, seu direito de dirigi‑la.
Um pouco mais tarde, Paulo chegou em Corinto, e invernou ali, At 20:23, conforme planejara, 1 Co 16:5, 6. Enquanto estava em Corinto, escreveu sua epístola aos Romanos.


O CONSOLO DE PAULO NO SOFRIMENTO

"A Consolação", v. 3, 4, a que se refere no começo da carta foi ocasionada pelo seu encontro com Tito, 7:6, 7, o qual regressara de Corinto com a boa noticia da lealdade dos irmãos dali. Isto, somado a sua jubilosa gratidão por haver escapado a morte em Éfeso, v. 8, 9; At 19:23‑41, explica por que se sente feliz no meio de seu constante sofrer.
Éfeso e Corinto distavam entre si pouco mais de 320 km; navios iam de uma a outra, constantemente. A "segunda" visita foi "em tristeza", 2:1. Evidentemente, uma crise muito grave surgira em suas relações com a igreja corintia. Sua ansiedade por encontrar Tito foi devida em parte ao desejo de saber o resultado dessa breve segunda visita.


O CASO DE DISCIPLINA

Parece tratar‑se do individuo incestuoso que, na primeira epístola, 1 Co 5:3‑5, Paulo ordenara que fosse "entregue a satanás"; em vista disso, desencadeou‑se na igreja uma revolta de consideráveis proporções contra o Apóstolo.
Foi tão sério o caso, que ele pessoalmente se dirigiu de Éfeso a Corinto, v. 1; porém foi repelido de tal forma que aqui diz ter sido triste a visita.
Outrossim, julga‑se a vista de 2:3, 9; 7:8, 12; 10:10, passagens que implicam fatos não referidos em 1 Coríntios, que Paulo escreveu esta Carta, entre as duas que temos, a qual hoje esta perdida. Deve ter sido bem enérgica, visto como mudou o curso das coisas em Corinto, a que os que apoiavam o individuo disciplinado, voltaram‑se, furiosamente contra este, 7:11. Paulo, porém, não soube disto senão quando se encontrou com Tito, 7:6‑7.
Os "sofrimentos, angústias e muitas lágrimas", v. 4, foram não só pela terrível experiência por que passara em Éfeso, e pela amarga ansiedade em torno da situação em Corinto. Tão aflito por não encontrar Tito em Trôade, conforme fora o plano, deixou passar esplendida oportunidade para o Evangelho nesta cidade para ir às pressas a Macedônia, na esperança de achar Tito, que ele sabia estar a caminho com notícias de Corinto.


A GLÓRIA DO SEU MINISTÉRIO

"Cartas de recomendação", v. 1. Esta expressão foi‑lhe sugerida provavelmente, pelo fato de os mestres judaizantes levarem cartas de apresentação fornecidas por Jerusalém. Os tais sempre estavam se infiltrando nas igrejas de Paulo; figuravam entre os seus principais perturbadores a aprove de qualquer pretexto ou oportunidade para dar‑lhe combate. Agora perguntavam, quem é Paulo? É capaz de apresentar cartas de alguém em evidência em Jerusalém? O que, logo a primeira vista, era um absurdo (carta de recomendação para uma igreja que ele próprio fundara? A igreja era sua carta).
Isso leva Paulo a fazer um contraste entre o seu ministério e entre o Evangelho e a Lei. Esta se escrevera em pedras, aquele era escrito nos corações. A Lei era da letra, o Evangelho era do Espírito. A letra para a morte, o Evangelho para a vida. A Lei era velada, o Evangelho revelado. A Lei era para condenação, o Evangelho para justificação.


PAULO MARTIRIZADO EM VIDA

Nesta Epístola, Paulo fala muito dos seus sofrimentos, especialmente nos caps. 4, 6, a 11. Quando de sua conversão, o Senhor lhe dissera: "Eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome", At 9:16. Os sofrimentos começaram imediatamente e continuaram sem interrupção por mais de trinta anos.
Tramaram tirar‑lhe a vida em Damasco, At 9:24. E em Jerusalém At 9:29. Expulsaram‑no de Antioquia, At 13:50. Tentaram apedrejá-lo em Iconio, At 14:5. Apedrejaram‑no e deram‑no como morto em Listra; 14:19. Em Filipos, açoitaram‑no com varas e puseram‑no ao tronco, At. 16:23, 24. Em Tessalônica, os judeus e o populacho acometeram‑no junto com o povo amotinado, At 17:5. Expulsaram‑no de Beréia, At 17:13, 14. Conspiraram contra ele em Corinto, At 18:12. Em Éfeso, quase perdeu a vida nas mãos da turba enfurecida, At 19:29; 2 Co 1:8, 9. Outra vez em Corinto, pouco depois de escrever esta epístola, tramaram sua morte, At 20:3. Em Jerusalém ainda, só não o liquidaram num instante por causa dos soldados romanos, At 22:22, 23. Depois esteve preso dois anos em Cesáreia e mais dois em Roma.
Além de tudo isto, ainda houve açoites, prisões, naufrágios e incessantes privações, de toda espécie, que não foram escritas, 2 Co 11:23‑27. Final­mente, foi levado preso a Roma para ser executado como criminoso, 2 Tm 2:9.
Deve ter tido uma admirável paciência no sofrimento, pois cantava quando padecia. Só uma pessoa de constituição férrea podia suportar isso e, mesmo assim, não bastaria, sem a graça maravilhosa de Deus. Sempre consciente da presença do seu Senhor "sentia‑se imortal até que realizasse sua obra”.


QUE HAVERÁ APÓS A MORTE?

Neste capítulo, continua a dizer a razão pela qual Paulo se alegrava em seus sofrimentos. Acabara de dizer que, quanto maior fosse o padecer no pre­sente mundo, tanto maior seria a glória na eternidade, 4:17, 18. Sua mente esta posta no mundo por vir.
Qual é o ensino, aqui? Revestir‑nos‑emos do novo corpo no momento da morte? Fala‑se ai da morte não como um "despir", mas como um "re­vestir", v. 4. Estar ausente do corpo é estar em casa com o Senhor, v. 8. Em Fp 1:23, ele considerava a morte uma partida para estar com Cristo, o que é "muito melhor". Mas, em 1 Co 15 e 1 Ts 4, ele relaciona o corpo da ressurreição com a vinda de Cristo. Decerto, o ensinamento é que os que morrem antes da vinda do Senhor entram num estado de consciente felici­dade com Ele, o que é muito melhor do que a vida na carne, mas ainda não é aquela existência gloriosa que se segue à ressurreição.


OUTRA VEZ OS SOFRIMENTOS DE PAULO

Paulo continua a defesa de seu ministério. A desafeição na Igreja corintia para com ele devia ser considerável, v. 12. De outro modo, certa­mente, não teria devotado grande parte desta epístola a essa defesa. Nos v. 14‑18 parece levar aquela perturbação, em parte pelo menos, à conta da atmosfera pagã na qual viviam. Os coríntios eram de moral rela­xada.


A INFORMAÇÃO DE TITO

Timóteo fora enviado antes, ICo 4:17; 16:10. Era tímido por natu­reza e não a pessoa exatamente indicada para tomar as medidas discipli­nares enérgicas, que a situação em Corinto exigia. Depois, Paulo enviou Tito, 2 Co 2:13; 7:6, 13; 12:18, o qual em situações tais era, provavel­mente, o auxiliar mais capaz de que o Apóstolo dispunha. Ele, provavelmente, foi lá, depois da "segunda" visita de Paulo, e levou a Carta referida em 2:3. Sua missão foi bem sucedida.
A pessoa que dera lugar à perturbação, 1 Co 5:1‑5, era, provavelmente, homem de muita influência, o qual a principio persistiu no seu pecado, e encabeçou franca rebelião contra Paulo, conseguindo a adesão de muitos líderes. Contudo, pela influência da "segunda" carta do Apóstolo e da presença de Tito, a Igreja, no seu todo, entrou outra vez em forma, resul­tando na humilhação do ofensor. Foi essa a boa notícia que Tito foi portador, v. 7‑16.


A OFERTA PARA A IGREJA

Estes texto contem instruções acerca da oferta para os crentes pobres de Jerusalém. Foi esse um notável cometimento da vida de Paulo, Provavelmente, essa oferta foi arrecadada entre todas as igrejas da Ásia Menor e Grécia, se bem que só as da Macedônia, Acaia e Galácia sejam mencionadas. Começara a ser arrecadada um ano antes, 8:10. As igrejas macedônicas haviam entrado, nessa campanha, de todo o coração. Até os muito pobres deram abundantemente. Paulo estava ali quando escreveu isto. Filipos, a principal igreja macedônica, foi à única da qual o apóstolo aceitou paga pelo seu trabalho, e isso depois que de la saiu.
Temos aqui as mais completas instruções do N.T. a respeito de contribuições na Igreja. Embora seja uma oferta de beneficência, presumimos que os princípios, aqui declarados, devem orientar as igrejas no levantamento de todas as suas ofertas, sejam as do seu próprio sustento, sejam as que se destinem a obra missionária e a beneficência. Ofertas vo­luntárias. Sua administração deve ficar acima de qualquer censura, 8:19‑21. Frisa‑se, especialmente, que Deus galardoará aos que contribuem liberalmente. "O dom inefável", 9:15, parece, do con­texto, ser a relação bendita que se estabelece entre os doadores a os bene­feciados.


A APARÊNCIA PESSOAL DE PAULO

O que se diz, sobre este assunto, parece ter sido sugerido pela critica feita pelos inimigos de Paulo, de ter ele fraca aparência pessoal, v. 1, 10. No N.T. não se colhe nenhuma idéia de como era a aparência desse Apóstolo. Uma lenda que vem do segundo Século diz que era "homem de estatura me­diana, cabelos crespos, pernas curtas e arqueadas, olhos azuis, grandes e cerradas sobrancelhas, nariz comprido; era cheio da graça e compaixão do Senhor, algumas vezes parecendo homem, outras vezes parecendo anjo”.Diz outra tradição que era "pequeno de estatura, careca, pernas tortas, ro­busto, sobrancelhas cerradas, nariz um pouco saliente, e cheio de graça”.
O N.T. da idéia de ele sofrer dos olhos, o que às vezes lhe dava uma aparência desagradável. Mas a critica dos inimigos, de ser ele de persona­lidade fraca, v. 10, certamente era sem base. Pensar isso de um homem que revolucionava cidades, uma após outra, como Paulo fazia, é simplesmente inconcebível. Inquestionavelmente, era de personalidade poderosa e domina­dora.
Em resposta a critica de ser fraco, diz que pelo menos fundou suas igrejas e não andava perturbando as que outros fundaram, coma faziam esses inimigos.


PAULO JUSTIFICA A SUA JACTÂNCIA

Em certas partes desta epístola, Paulo se dirige à maioria que lhe era leal, noutras partes a minoria desleal. Esta última parece estar em sua mente nos quatro últimos capítulos.
Vê, perfeitamente, a impropriedade de jactar‑se de sí mesmo, e detesta ter necessidade de faze‑lo, mas eles o forçam a isso.
Tiravam partido do fato de ter ele recusado paga pelo trabalho em Corinto, v. 7‑9. Explica que, embora coma Apóstolo de Cristo, tivesse o di­reito, 1 Co 9, de propósito recusou pagamento, para que seu exemplo não servisse de estímulo a falsos mestres que procuravam fazer da igreja um negócio. Desde o principio de seu trabalho em Corinto, Paulo devia ter no­tado tendências em alguns de seus convertidos para a liderança mercená­ria, e para isso tratou de seguir uma orientação diferente. Uma das coisas de que se gloriava era não poderem acusá-lo de cobiça.
Então, numa passagem poderosa e dramática, v. 22‑23, desafia os seus críticos a que se comparem com ele sob todos os aspectos: como hebreu leal, como obreiro eficiente de Cristo ‑ havia feito mais do que toda a tribo deles, tomada em conjunto; como sofredor para Cristo ‑ toda a sua car­reira de apóstolo de cristo fora uma história ininterrupta de martírio em vida.


O ESPINHO NA CARNE

A visão do paraíso. Foi arrebatado "ao" paraíso, "até ao" terceiro céu; como se paraíso e terceiro céu fossem duas regiões separa­das do mundo futuro. Jesus entrou no paraíso, imediatamente, quando mor­réu, Lc 23:43. Quanto ao "terceiro céu", não há outra passagem em que apareça a expressão para lhe esclarecer o sentido. Pensam alguns que suas expressões eram sinônimas da habitação de Deus. Mas, dizendo "ao" a "até", parece querer se referir a dois lugares distintos.
Visto que Jesus passou, imediatamente, ao paraíso, pensa‑se que esta é a habitação de espíritos desencarnados, entre a morte e a ressurreição. O terceiro céu pensa‑se que é a habitação final dos remidos em seus corpos de ressurreição: uma existência muito mais gloriosa do que a do paraíso é muito mais gloriosa do que a existência na terra.
O que Paulo viu e ouviu não lhe era "licito" relatar. Pode signi­ficar que, para fortalece-lo em vista de sua missão especial e dos sofrimentos excepcionais que tinha de suportar, Deus lhe deu uma visão especial da glória futura, parte da qual estava ele proibido de revelar a outros. Contudo, é mais provável que a palavra "possível" seja uma melhor interpretação do que a palavra "lícito", querendo dizer que nenhuma linguagem humana poderia descrever a glória do céu.
O espinho na carne de Paulo. Algumas pessoas versadas pensam que era epilepsia. Outros acham que era febre palustre. Outros, uma dor de cabeça aguda. Mas a opinião mais corrente é que se tratava de oftalmia crônica, doença dos olhos, que não somente era em extremo dolorosa, como às vezes lhe dava uma aparência repulsiva.
É o que se deduz de expressões em suas epístolas. Catorze anos antes de escrever esta epístola, v. 2, 7, que foi mais ou menos quando estava na Galácia, em sua primeira viagem missionária, este "espinho na carne” o acometera. Sua entrada na Galácia fora ocasionada por certa enfermidade física, Gl 4:13, de tão repelente aspecto que se constituía séria tentação qualquer pessoa em sua presença, Gl 4:14. Os gálatas ter-lhe-iam dado dos seus próprios olhos, Gl. 4:15. Por que olhos, se não era isso que ele precisava de modo particular? As letras "grandes" de sua escrita costumeira, Gl 6:11 podiam ter sido causadas por sua vista fraca, razão por que ditava cartas a alguns assistentes.


A VISITA PROMETIDA A CORINTO

Paulo escreveu no verão de 57 d.C. Chegou lá no outono. Passou três meses, At. 20:3. Na primavera seguinte, partiu para Jerusalém, levando oferta.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


- Manual Bíblico – H. H. Halley – Vida Nova
- CD Bíblia sagrada Seafox.
- CD Bíblia sagrada Laicus.

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