sábado, 22 de novembro de 2008

A Carta Aos Gálatas

VISÃO GERAL

Os gálatas são celtas ou gauleses, de origem indo-ariana, que no III século aC invadiram a região do baixo Danúbio e a Macedônia, e se fixaram no planalto da Ásia Menor. O último rei dos gálatas (Amintas, 25 aC) legou o reino aos romanos. Estes criaram a província da Galácia, com capital Ancira, anexando-lhe outros territórios do sul, como a Pisídia, a Isáuria, partes da Letônia e Frigia. O nome “gálatas”, aos quais Paulo se dirige (3,1), só se aplica convenientemente à população de origem céltica e não aos territórios meridionais anexados à província romana.
Por duas vezes Paulo visitou a região da Galácia, no início da segunda e da terceira viagens missionárias (At 16,6; 18,23). Impedido de prosseguir viagem por causa de uma enfermidade (Gl 4,13s), pregou ali o Evangelho durante alguns meses. Pouco depois da segunda visita, as comunidades da Galácia, formadas por convertidos do paganismo (4,8; 5,2s; 6,12s), foram agitadas pelos judaizantes. Estes são judeu-cristãos vindos de fora que combatiam com virulência o Evangelho livre da Lei pregado por Paulo (At 15,1-5). Consideravam a observância da Lei necessária para a salvação também dos gentio-cristãos, e minavam a autoridade de Paulo como apóstolo. Informado da grave ameaça para a fé cristã, Paulo escreve esta carta cheia de ira e paixão, provavelmente de Éfeso, pelo ano 56/57.
Já na introdução (1,1-9), sem a costumeira ação de graças, aparece o tom polêmico com que Paulo defenderá a legitimidade de seu chamado divino e do Evangelho que prega.
Na primeira parte (1,10–2,21), de caráter autobiográfico, mostra que seu Evangelho e seu apostolado não vêm dos homens, mas de Deus e assim foram reconhecidos pelos apóstolos de Jerusalém. Na segunda parte (3,1–5,12), de caráter doutrinal, procura demonstrar com base na experiência cristã e na Escritura que a salvação vem pela fé e não pela Lei. Na terceira parte (5,13–6,10), de caráter exortativo, insiste em que a liberdade cristã seja vivida na caridade, dentro de um compromisso moral. A conclusão de próprio punho (6,11-18) termina com uma severa advertência contra os judaizantes.
Convencido do perigo que representava para a autêntica fé cristã, Paulo não poupa ataques contra esses “deturpadores do Evangelho”(1,7) que “semeiam confusão na comunidade”(1,7; 5,10-12), afastando dele seus amados filhos (4,12-20). Ameaça-os e amaldiçoa porque, além de não observarem a Lei (6,13), anunciam outro evangelho (6,1s; 4,17; 6,12s).
Desvirtuam o valor salvífico da morte de Cristo e minam assim as bases do cristianismo. Não fosse a enérgica intervenção de Paulo, o cristianismo não passaria de uma seita judaica de caráter messiânico. Jamais seria uma religião universal.


INTRODUCAO DO LIVRO

Quando a Boa‑Notícia do Evangelho se espalhou pelo império romano a muitos começaram a aceitar Jesus como Salvador, surgiram logo discussões sobre a necessidade de os não‑judeus seguirem as leis dos judeus, especialmente a que mandava que todo homem fosse circuncidado (Atos 15.1‑33). Essa mesma discussão apareceu nas igrejas que o apóstolo Paulo havia fundado na província romana da Galácia, que ficava numa região que hoje faz parte da Turquia. Várias pessoas estavam dizendo aqueles cristãos que eles precisavam obedecer a Lei de Moises para poderem ser aceitos por Deus. A Carta aos Gálatas é a resposta que Paulo fez a essa falsa doutrina. Com argumentos fortes e palavras às vezes chocantes, Paulo denuncia esse outro "evangelho" que estava sendo anunciado e procurava trazer de volta a “fé” verdadeira aqueles que estão se desviando do caminho certo. Ele fala da sua própria experiência cristã e defende a sua autoridade como apóstolo. Mostra também como, na reunião dos líderes cristãos em Jerusalém, ele tinha recebido a aprovação deles para continuar a anunciar a mensagem de que a salvação depende somente da fé a não daquilo que a Lei de Moises manda fazer. Em defesa da sua posição, Paulo cita o Antigo Testamento a fala da experiência de Abraão, o pai do povo escolhido. Ele mostra que Abraão foi aceito por Deus não por causa das suas obras, mas por causa da sua fé. Na ultima parte da carta Paulo fala da liberdade que tem aqueles que crêem em Cristo a como essa liberdade se torna realidade na vida cristã. Todos os cristãos de todos os tempos devem se lembrar sempre desta carta do apóstolo: "Cristo nos libertou para que sejamos de fato livres. Por isso, continuem firmes nessa liberdade a não se tornem novamente escravos" (5.1).


ESBOÇO

- 1.1‑10 A autoridade de Paulo como apóstolo
- 1.11‑2.21 A Boa‑Notícia da graça de Deus
- 3‑4 Liberdade e responsabilidade cristã
- 5.1‑6.10 As obras da carne e do Espírito


CONTEÚDO

Numa saudação concisa, Paulo insiste em sua condição de apóstolo enviado por Deus e lembra seus leitores de que Cristo se entregou para nos livrar "deste mundo perverso" (1.1‑5). Ele se mostra atônitos pelo fato de os gálatas estarem abandonando o evangelho, um passo a que ele se opõe com veemência (1.6‑10). Ele insiste em que seu evangelho lhe foi revelado por Cristo a conta que tinha sido perseguidor e que teve poucos contatos com os apóstolos mais antigos, isto para mostrar que seu evangelho não poderia ter tido sua origem na mera repetição do que eles diziam (1.11‑2.5). Ele indica uma divisão de trabalho, com Pedro atuando como apóstolo aos judeus, enquanto Paulo era o apóstolo aos gentios, aparentemente com a implicação de que não se exigiria que os gentios guardassem a lei mosaica (2.6‑10). Quando, mais tarde, Pedro se retirou da comunhão a mesa com gentios cristãos, Paulo polemizou com ele e lembrou que nem sequer os judeus eram salvos por obras da lei, mas mediante a fé em Cristo (2.11‑16). Pecadores que são justificados em Cristo morreram para a lei e vivem "pela fé no Filho de Deus" (2.17‑21).
Num apelo emotivo, Paulo lembra aos gálatas que o Espírito lhes foi dado não por observarem a lei, mas com base na fé que tinham em Cristo (3.1‑5). Abraão foi um exemplo de fé (3.6‑9), ao passo que a lei traz sobre os pecadores uma maldição que Cristo carregou em lugar deles (3.10‑14). A lei é incapaz de substituir a aliança que Deus fez com Abraão 430 anos antes; a lei foi dada até a vinda de Cristo (3.15‑25). A primazia da fé significa que, ao nos aproximarmos de Deus, todas as distinções humanas são removidas; há uma única grande família de Deus (3.26‑29). A obra de Cristo na redenção colocou os crentes na condição de filhos, a não de escravos, nessa família (4.1‑7).
Em sua observância da lei os gálatas estavam retrocedendo ao tipo de escravidão da qual haviam sido resgatados, e Paulo suplica uma vez mais que não insistam em rejeitar o seu ensino (4.8‑20). Lembra‑lhes, com base nas antigas Escrituras, que Abraão teve um filho com Hagar (uma escrava) e um com Sara (que era livre). Isso insiste Paulo, representa duas alianças. Ao se submete­rem as exigências da lei, os gálatas estão retrocedendo a antiga aliança, embora na verdade sejam filhos da livre (4.21‑31). Eles deviam viver na liberdade que Cristo conquistou para eles e não se submeter à circuncisão, que significa escravidão (5.1‑12). Paulo contrasta a vida no Espírito com a vida na carne (5.13­26), e então passa a instrução sobre o viver correto (6.1‑10). Paulo escreve de próprio punho um pungente lembrete de que nem a circuncisão nem a incircunci­são tem a1gum valor, mas somente a nova criação de Deus (6.11‑18).

AUTOR

A carta afirma ter sido escrita por Paulo (1.1), e a afirmação soa verdadeira. A carta é o extravasamento de um evangelista e pastor preocupado com ensinos falsos trágicos que haviam surgido no meio de seus convertidos. Não é fácil ter certeza sobre onde Paulo estava quando escreveu a carta, mas não se questiona seriamente que ele a escreveu.
A data esta por volta de 49dC.


DESTINATÁRIOS

Durante o século III a.C. alguns gauleses migraram para o planalto do interior da Ásia Menor a ali fundaram um reino. Sob o reinado de Amintas (século I a.C.) esse reino estendeu‑se até a Pisídia, Letônia e outros lugares ao sul e quando, com a morte de Amintas (25 a.C.) os romanos assumiram o controle, eles a transformaram na província da Galácia. Para nós o problema é se os "gálatas" a quem esta epistola é dirigida são os gálatas étnicos que viviam no norte da província ou os sulistas de várias raças que foram incluídos na província romana. Perto do final do século III a área ao sul foi desmembrada, e a província foi reduzida a parte norte, razão pela qual tradicionalmente se entende que "Galácia" se refere à região norte. Mas será que foi nesse sentido que Paulo empregou o termo? O apóstolo visitou a área meridional em sua primeira viagem missionária (At 13‑14), mas jamais é explicitamente dito que ele visitou a região norte ‑ embora muitos pensem que é isso que se quer dizer em Atos 16.6 a 18.23.


OCASIÃO

Em Atos 13‑14 ficamos sabendo que Paulo a Barnabé evangelizaram a região sul da província da Galácia, indo inicialmente as sinagogas, onde pregaram a judeus e a gentios tementes a Deus. Mas em todas as cidades os judeus levanta­ram oposição, a os pregadores voltaram‑se para os gentios e conseguiram convertidos no meio destes. Não é preciso duvidar de que, caso a teoria do norte da Galácia esteja correta, a evangelização das regiões setentrionais deu‑se de modo bastante parecido. Em toda a região a igreja era, sem qualquer duvida, predominantemente gentílica.
Entretanto, depois de Paulo e Barnabé saírem de cena, parece que alguns cristãos judeus chegaram na região e ensinaram que aqueles que aceitam a salvação cristã devem se submeter à lei judaica, a Tora. Até onde sabemos, os judeus locais não ensinavam isso; simplesmente opunham‑se aos cristãos. Paulo faz distinção entre os falsos mestres e a congregação (1.7; 4.17; talvez eles tivessem um líder muito forte, 1.9; 5.10); alias, ele pode mesmo dar a entender que eles não eram absolutamente cristãos (1.6‑7). A ênfase que davam a guarda da lei mosaica torna quase certo que eram judeus. Sem dúvida eles se considera­vam cristãos judeus; Paulo esta pronto a questionar o aspecto "cristão" caso eles estabeleçam como necessária à salvação qualquer exigência além da fé em Jesus.
Com base em Gálatas descobrimos que a autoridade de Paulo foi minada pelo argumento de que ele era inferior aos primeiros apóstolos. Parece que Paulo teve isso em mente do começo ao fim: "Apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai" (1.1); "Ninguém me moleste porque eu trago no corpo as marcas de Jesus" (6.17).
Enfatizava‑se a circuncisão: "vos constrangem a vós circuncidardes" (6.12; 5.2‑6). Paulo destaca que a aceitação da circuncisão significa a aceitação da obrigação de cumprir toda a lei da qual ela faz parte (5.3), não importa o que os falsos mestres tenham dito. Aparentemente também se enfatizava a guarda da lei, pois ele também escreve: "Guardais dias, e meses, e tempos, e anos" (4.10). Ele também fala que seus convertidos desejam "estar sob a lei" (4.21) e que "procurais justificar‑vos na lei" (5.4). Juntando tudo isso, parece que os falsos mestres viam o cristianismo como um judaísmo modificado; estavam ensinando que ter um relacionamento de aliança com Deus significa submeter‑se as exigências da lei de Deus. Por isso estavam persuadindo os gálatas a se submeterem ao esquema da lei, em vez de desfrutarem da liberdade em Cristo.
Fossem ou não cristãos aos olhos de Paulo, é evidente que os falsos mestres saiam da ala crista‑judaica. Cristãos haviam‑se oposto a Pedro (At 11.2‑3) e, mais tarde, Tiago pode falar de "dezenas de milhares de judeus" que creram, "e todos são zelosos da lei" (At 21.20). Este fato que havia um grupo forte dessas pessoas, e pelo menos às vezes propagandistas ativos, como quando foram da Judéia para Antioquia e ensinaram aos novos convertidos: "se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos" (At 15.1). Se eles seguiram Paulo até Antioquia, não é improvável que o tenham seguido até a Galácia. É possível que não tenham sido em grande número, pois Paulo escreve: "Um pouco de fermento leveda toda a massa" (Gl 5.9). Ás vezes se afirma que os oponentes de Paulo eram gentios que haviam aceitado a circunci­são e desejavam que outros fizessem o mesmo. Mas essa suposição dificilmente contrabalança as evidências de que existiam cristãos judeus zelosos, preocupados em enfatizar a lei.
A libertinagem é às vezes detectada em 5.13, em exortações como "não useis da liberdade para dar ocasião à carne" e "vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da natureza pecaminosa". Mas é melhor interpretar a libertinagem como uma perversão do ensino Paulino de que em Cristo os crentes são livres. Em todas as épocas tem sido fácil deduzir que, se somos salvos pela graça, não importa como vivemos. Paulo não compactuava com nada disso, e denuncia vigorosamente esse ensino.
Parece que eram feitas criticas a Paulo. "Se ainda prego a circuncisão" (5.11) pode significar que Paulo fora acusado de pregar a circuncisão quando lhe convinha (veja o fato de ele circuncidar Timóteo [At 16.3]). "Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens?" (1.10) indica que haviam dito que o apóstolo estava interessado apenas na aprovação humana. Na vida de um homem que se tornou "tudo para com todos", inclusive ser como judeu a fim de ganhar judeus (1 Co 9.20‑22), não poderiam faltar incidentes que deram a seus oponentes a oportunidade de acusa‑lo de incoerência.
O evangelho foi objeto de sérias concessões por esse novo ensino. Paulo se queixa de que seus leitores estavam "passando para outro evangelho", acrescentando imediatamente "que, na realidade, não é o Evangelho" (1.6‑7). O que os gálatas estavam fazendo não era acrescentar alguns novos discernimen­tos ao significado do cristianismo, mas negar a mensagem cristã essencial. Estavam substituindo a verdade do evangelho pelo ensino judaico.
A epístola aos Gálatas é a respeito das notícias sobre esses acontecimentos que chegaram aos ouvidos de Paulo. Imediatamente ele reconheceu que o que seus convertidos faziam significava que renunciavam ao âmago do caminho cristão, e ele escreveu sem demora para corrigir a situação. Ele não observou todas as sutilezas da correta redação epistolar, mas enviou um apelo pungente aos gálatas para que retornassem a fé em que haviam sido salvos. Esta carta cheia de vida tornou‑se uma expressão clássica do significado de justificação pela fé unicamente em Cristo.


ACEITAÇÃO NO CANON

Gálatas foi aceita desde os primeiros dias. Pelo que consta, em épocas mais antigas não houve nenhuma dúvida de sua autenticidade. Ela aparece em primeiro lugar em algumas listas das epístolas paulinas (como a de Marcião), o que indica o reconhecimento de sua importância bem como de sua autenticidade.


GÁLATAS EM ESTUDOS RECENTES

Existe consenso geral de que Gálatas é uma epístola paulina autêntica e que ela é muito importante para compreendermos o pensamento de Paulo. Existe, porém, considerável debate sobre a localização das igrejas da Galácia, e muitos estudiosos recentes vem defendendo a teoria do nome de Galácia. Caso se junte isso a uma suspeita quanto à exatidão do relato lucano de Atos, atribuir‑se‑á a carta uma data posterior, no período aproximado em que foram escritas as cartas aos Romanos a aos Coríntios. Também existe apoio forte para o ponto de vista de que a carta é mais antiga, possivelmente a mais antiga das cartas de Paulo."
O debate prossegue quanto à identidade dos mestres a que Paulo se opõe, e alguns escritores recentes levantam suspeitas sobre o termo "judaizante". Já assinalamos que alguns estudiosos tem sustentado que se deve entender como libertinos os oponentes de Paulo (5.13, 16) ou até mesmo que eram algum tipo de gnósticos; às vezes pensa‑se que eram sincretistas que adotaram aspectos tanto do judaísmo quanto do helenismo. Uns poucos estudiosos tem esposado a opinião de que esses mestres não eram judeus, mas que podem ter sido até mesmo alguns dos convertidos de Paulo.


A CONTRIBUIÇÃO DE GÁLATAS

Esta breve Carta tem uma importância desproporcional ao seu tamanho. Sempre existe a tendência de as pessoas pensarem que sua salvação (não importa como seja ela entendida) a algo que há de acontecer por meio de suas próprias realizações. Podem variar as maneiras como entendem a salvação e da mesma forma também pode variar o tipo de realizações que consideram necessá­rias. Mas que o destino eterno delas repousa em suas próprias mãos parece um lugar‑comum; a algo tão obvio que dificilmente precise ser expresso. Com freqüência o cristianismo tem sido entendido Como nada mais do que um sistema de moralidade, como uma cuidadosa observação de um sistema sacramental, como uma conformidade a padrões, Como uma reunião com outras pessoas na igreja e assim por diante. Sempre se fez necessária à exposição clara e direta que Paulo fez da verdade de que a justificação vem somente pela fé em Cristo. Deve-­se dizer isso em oposição aqueles que enfatizam a importância de obras realiza­das de conformidade com a Tora ou quaisquer outros feitos do pecador.
Não devemos deixar desapercebida a importância do apelo de Paulo a Abraão (3.6‑9). Isso leva o leitor de volta a um período quando a lei ainda não fora dada; a aliança estabelecida com Abraão tem precedência sobre a lei (3.7). A lei não pode anular a promessa de Deus. Os que estavam abandonando a dependência singela na promessa de Deus estavam‑se afastando do caminho determinado por Deus e interpretando erroneamente o verdadeiro propósito da lei (3.19). Se os amigos gálatas de Paulo dessem a devida consideração ao exemplo de Abraão, veriam o erro sério em que passaram a incorrer quando começaram a depender da Tora. Se lermos o relato sobre Abraão e sua fé em sua devida seqüência na história reveladora da redenção, em vez de pressupormos, como fazem muitos judeus, que Abraão deve ter guardado a lei, fica claro que o caminho de Deus sempre foi o caminho da promessa e da fé. Isso leva Paulo ao imponente pensa­mento de que todas as distinções feitas pelos homens tornaram‑se agora irrele­vantes (3.28‑29). Cristo veio no tempo determinado para resgatar pecadores escravizados (4.4‑5), e Paulo faz uma afirmação importante quando diz que Cristo realizou essa obra de redenção "fazendo‑se ele próprio maldição em nosso lugar" (3.13). Essa é uma contribuição significativa para nossa compreensão da expiação.
Junto com a ênfase na justificação pela fé em Cristo acha‑se uma ênfase na liberdade cristã: "Para a liberdade foi que Cristo nos libertou" (5.1); os crentes devem literalmente "andar no Espírito" (5.16; "viver pelo Espírito"). Mesmo os que são justificados pela fé em Cristo às vezes acham mais fácil submeter‑se à escravidão de um sistema. As palavras de Paulo continuam sendo a expressão clássica da liberdade que é o direito de nascença de todo aquele que esta em Cristo.
A carta aos Gálatas é um lembrete constante de quão importante é entender as implicações da fé cristã para a vida cristã. Até mesmo Pedro e Barnabé puderam se extraviar. Paulo não se queixa da teologia deles, mas de sua prática, quando os que pertenciam ao grupo "da circuncisão" induziram os judeus a afastar-­se do convívio a mesa com os gentios (2.11‑14). Nenhuma carta deixa tão claro como esta à importância de vivenciar todas as implicações da salvação pela cruz.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Introdução ao Novo testamento – D. A. Carson, Douglas J. Moo, Leon Morris – Editora Vida Nova.
- CD Bíblia sagrada Seafox.
- CD Bíblia sagrada Laicus.





9 comentários:

  1. A maioria dos pastores evangélicos interpreta errado a Carta aos Gálatas. (Parte 1)
    Fiz-me acaso vosso inimigo, dizendo a verdade? Gálatas 4:16.
    Cansado, triste, chateado e desconsolado por causa do despreparo, da ignorância espiritual, ou até do farisaísmo da maioria dos pastores evangélicos, até dos mais famosos por todo o mundo, resolvi apontar seus crassos erros bíblicos, tais como “Jesus nos resgatou das maldições das leis”, onde por esse e por outros preceitos isolados ou não, por ignorância ou por pura conveniência doutrinária, atribuem as leis malditas citadas pelo apóstolo Paulo às leis do Decálogo do Senhor Deus, como se tal coisa fosse minimamente possível.
    Para quem se aplica a estudar a Carta aos Gálatas, dividida pelo homem em seis capítulos, vai notar que Está Escrito bem claramente que havia um grupo de Gálatas rebeldes à simplicidade do Evangelho, o da Graça e da Liberdade, da liberdade não das santas leis do Decálogo, pois isso está fora de questão porque está Escrito abaixo que Deus nunca muda em sua promulgações, mas das antigas leis escravas e retrógradas que, por isso mesmo, só duraram, só vigoraram até João (Batista).

    “...há alguns que vos inquietam...”. Gálatas 1:7

    “Eu quereria que fossem cortados aqueles que vos andam inquietando”. Gálatas 5:12).

    Esse grupo rebelde dos gálatas não se conformavam que as leis antigas, as de seus pais, das suas tradições, muitas vezes seculares, a partir de Jesus deixaram de existir na implantação da Nova Mensagem de Deus à Humanidade. Curiosamente, mesmo que não notado, isso caracterizou-se em mais um milagre grandioso de Jesus: Fez os judeus, em boa parte deles, abandonarem as ordenanças antigas, suas tradições antigas, suas leis antigas, enraigadas em suas almas, mesmo que algumas delas se caracterizassem como cargas pesadas - segundo o próprio Jesus, abaixo colocado - a favor da Religião da Graça, pois realmente foi difícil. Mas Está Escrito que tais leis, retrógradas, que escravizavam, que amaldiçoavam e que podiam matar dentro da lei, só vigoraram até João (Batista) Lucas 16:16.

    “Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com seu dedo querem movê-los...”. Jesus, em Mateus 23:4, se opondo contra os fariseus e suas leis retrógradas, as mesmas condenadas pelo apóstolo Paulo.
    A Verdade, como provaremos abaixo, é que as leis do Decálogo formaram os fundamentos do Evangelho, como também foram promulgadas por Deus para a humanidade, pois Está Escrito que o Senhor não faz distinção entre pessoas ou raças. Mesmo que resumidas, as 10 leis regulam perfeitamente todas as relações entre os homens e Deus e entre eles próprios, pois se todos obedecessem a essas leis de Deus o mundo seria um paraíso na Terra. Não haveria roubos, assassinatos e outros crimes; não necessitaríamos de muros, de fechaduras, de polícia, de exércitos, de armas, etc. etc. Por isso, mostraremos, sob as Escrituras, que quando o apóstolo Paulo repudiava as leis, essas nada tinham a ver com as leis do Decálogo. Para os que teimam em não aceitar isso, para esses provaremos, aqui a agora, que as Leis do Monte Sinai são perpétuas e absolutamente “imexíveis”.
    Vamos, então, colocar aqui os preceitos da Carta aos Gálatas mais usados pela maioria dos pastores citados na tentativa de burlar as leis de Deus, por pura conveniência doutrinária ou pelo menos na tentativa inútil de anular uma só delas, pois essa se consolida como uma pedra bem pontiaguda no sapato deles todos. Vejamos a VERDADE DE DEUS, impossível de refutar dentro da honestidade. Vem bem ao caso uma declaração de Paulo a um grupo de gálatas que tentava que certas leis antigas e retrógradas que escravizavam continuassem a validade também no Evangelho:
    Fiz-me acaso vosso inimigo, dizendo a verdade? Gálatas 4:16.
    Para quem se aplica a estudar a Carta aos Gálatas, dividida pelo homem em seis capítulos - vai notar que Está Escrito bem claramente que havia um grupo de Gálatas Continue

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    1. Meu nobre ir. adventista , a citacao de Paulo eh " a maldicao
      da lei " , nao plural.
      Ha um filtro de vies no teu incociente qdo interpretas sempre e indiscriminadamente o termo "Lei" como referindo se ai
      Decalogo. A Torah sao todo o pentateuco.Ela se subdivude em :
      Leis Morais , Ceriminiais , Rituais e Civicas. O Cristo Redentor nos Resgatou sim da
      mardicao da lei . Resta entender, sem vies advestistas
      legalistas , a que tipo de " maldicao " ele se refere .Claro que nao e ao " decalogo " da cartilha adventista com seu 4°.mandamento dourado .
      Ha de se estabecer clara distincao entre "A Lei " escrita
      e a "dispensacao da Lei " na historia com a sua funcao e objetivos e propositos , pois que " o fim " ( gr. telos ), isto e : FINALIDADE funcional da
      lei escrita foi coduzir nis a Crusto. Pena que muitos , fermentados por ensinos legalistas , escolhem permanecerem no sua presunsoza
      jactacia do esforco proprio de
      FAZER , e nao da dependencia humilde do CRER , segundo o Evangelho da Graca.

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  2. A Maioria dos pastores evangélicos interpretam errado a Carta aos Gálatas (Parte 2)
    (há alguns que vos inquietam... Gálatas 1:7) cujos membros não se conformavam que as leis antigas, as de seus pais, das suas tradições, muitas vezes seculares, a partir de Jesus deixaram de existir na implantação da Nova Mensagem de Deus à Humanidade. Curiosamente isso se caracterizou em mais um milagre grandioso de Jesus não notado: Fez os judeus, em boa parte deles, abandonarem as ordenanças antigas, suas tradições antigas, suas leis antigas, enraigadas em suas almas, mesmo que algumas delas se caracterizassem como cargas pesadas - segundo o próprio Jesus declarou, abaixo colocado - a favor da Nova Religião, da Religião da Graça, e da Liberdade, pois realmente foi difícil, mas Está Escrito que as tais leis e ordenanças retrógradas, que escravizavam, que amaldiçoavam e que podiam matar dentro da lei, só vigoraram até João (Batista) Lucas 16:16. Portanto, principalmente em Gálatas e em Efésios.
    “Eu quereria que fossem cortados aqueles que vos andam inquietando”. Gálatas 5:12. O Paulo, se referindo ao rebelde grupo de gálatas.
    “Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com seu dedo querem movê-los...”. Jesus, em Mateus 23:4, se opondo contra os fariseus e suas leis retrógradas, as mesmas condenadas pelo apóstolo Paulo, pois quanto às leis do Decálogo, veremos agora como o apóstolo Paulo se referia a elas:
    A hora da Verdade do apóstolo Paulo: Principalmente na Carta aos Gálatas, ele abominava as leis que só vigoraram até João, mas quanto às leis do Decálogo, se confessa escravo delas:

    “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado”. Romanos, 7:25.

    “Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus”. Romanos, 7:22.

    “Para Deus não há diferença de pessoas. Assim, pois, todos os que sem a lei pecaram, também sem lei perecerão; e todos os que com a lei pecaram, mediante a lei serão julgados, porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas todos os que praticam a lei hão de ser justificados”. Romanos, 2:12. Aqui, Paulo, novamente, ressalta o valor dos Mandamentos, e lembrando que são Dez!

    “... se tornou manifesto e foi dado a conhecer por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do Deus eterno, para a obediência por fé, entre todas as nações”. Paulo, em Romanos, 16:25.

    Paulo, o santo em vida, revela que não haveria pecado sem que houvesse antes a Lei instituída, promulgada e propagada e ainda cita uma das leis do Decálogo provando que se referia, de fato, às Dez Leis:

    “Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça se a lei não dissera: Não cobiçarás”. Romanos, 7:7.

    “Por conseguinte, a lei é santa; e o mandamento é santo, justo e bom”. Romanos, 7:12.

    Então, o Evangelho nos prova que Paulo jamais abominou uma só das 10 leis do Decálogo, ao contrário, imitando Jesus no Sermão do Monte, legitimou-as como os fundamentos do Evangelho de Cristo. Continue

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  3. A Maioria dos pastores evangélicos interpretam errado a Carta aos Gálatas (Parte 3)

    Não nos esqueçamos de que Está Escrito que Jesus nomeou, com plena autoridade divina, como filhos do diabo os fariseus que constantemente o acusavam em público de desrespeitar as leis. Então, quando nos atermos, no Evangelho, a qualquer acusação dos fariseus contra Jesus, supostamente por ele ter violado uma só da leis de Deus, principalmente o Quarto Mandamento, se tratava do próprio Adversário tentando atrapalhar e corromper, ao máximo possível, a implantação divina da Nova Mensagem, que tirava o povo das trevas para a Luz, da escravidão e das ordenanças retrógradas e até do pavor da morte por esfacelamento corporal a pedradas para a LIBERDADE, para a GRAÇA, para uma nova vida sem aquelas cargas pesadas. (Jesus anulou a lei da morte ao salvar a pobre mulher adúltera)
    Um dos grandes erros dos pastores evangélicos, parte deles, é que interpretam erradamente que a LIBERDADE e a GRAÇA citadas no Evangelho se caracterizariam como um tipo de libertação das leis do Decálogo, como se isso fosse possível. Impossível!!! Mas impossível mesmo!!! Para isso, valem-se erradamente de certos preceitos de Gálatas, interpretando que Jesus teria nos livrado das leis malditas e escravizantes, atribuindo essas leis aos Dez Mandamentos, afirmando, sob Satanás, que “Jesus cumpriu as leis por nós e agora não temos mais que cumprir”. Mas a verdade é que esses pastores, na maioria, despreparados ou pela dificuldade da observação de todas as 10 leis, defendem, erradamente a anulação delas todas apenas por causa de uma só que os incomoda bastante. Por causa de uma só lei do Decálogo pretendem acabar com todas, como se isso fosse minimamente possível.
    Bem, vamos agora à Carta aos Gálatas. (João Ferreira de Almeida: www.bibliaonline.com.br).
    “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o Evangelho de Cristo”. Gálatas 1:6,7
    Acima, o apóstolo Paulo, que escrevia e falava sempre iluminado pelo Espírito Santo de Deus, repreende um grupo de Gálatas, inconformado com a visível anulação das leis de sua tradição secular na implantação do Evangelho:
    (...mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o Evangelho de Cristo”. Gálatas 1:7. Um grupo rebelde.
    Vejam que a Palavra Escrita de Deus acusa um grupo de Gálatas de tentar perverter o Evangelho, e isso é importante ressaltar, pois todas as acusações e colocações seguintes do apóstolo Paulo são dirigidas especificamente a esse grupo. E quando ele cita as leis como nocivas, nunca e jamais poderia estar se referindo às leis do Decálogo, pois, com respeito a essas, ele ressaltou-as como imprescindíveis no Evangelho e ainda revelou-se escravo delas:
    “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado”. Romanos, 7:25.

    “Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus”. Romanos, 7:22.

    “Para Deus não há diferença de pessoas. Assim, pois, todos os que sem a lei pecaram, também sem lei perecerão; e todos os que com a lei pecaram, mediante a lei serão julgados, porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, (continue)

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  4. A Maioria dos pastores evangélicos interpretam errado a Carta aos Gálatas (Parte 4)


    mas todos os que praticam a lei hão de ser justificados”. Romanos, 2:12. Aqui, Paulo, novamente, ressalta o valor dos Mandamentos, e lembrando que são Dez!


    “... se tornou manifesto e foi dado a conhecer por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do Deus eterno, para a obediência por fé, entre todas as nações”. Paulo, em Romanos, 16:25.


    Paulo, o santo em vida, revela que não haveria pecado sem que houvesse antes a Lei instituída, promulgada e propagada e ainda cita uma das leis do Decálogo provando que se referia, de fato, às Dez Leis:

    “Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça se a lei não dissera: Não cobiçarás”. Romanos, 7:7.

    “Por conseguinte, a lei é santa; e o mandamento é santo, justo e bom”. Romanos, 7:12.

    Então, estando perfeitamente esclarecido fundamentado no Evangelho que o apóstolo Paulo jamais poderia abominar as leis de Deus, as do Decálogo, sobraram para as leis antigas e retrógradas que só vigoraram até João, como Está Escrito, e que eram justamente essas tais leis que o grupo de gálatas pretendia que tivessem a continuação no Evangelho, principalmente a lei da Circuncisão, citada como nociva na Carta aos Gálatas. Continuando:
    “Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema”. Gálatas 1:9.
    Como já colocado e provado acima, que Paulo reconhece as leis do Decálogo como imprescindíveis para a identificação dos pecados na procura do caminho para a salvação, Está Escrito no preceito acima que será amaldiçoado quem ensinar diferente. Portanto, quem ousar sugerir que as leis do Decálogo nos trazem escravidão ou maldição, que seja anátema (que seja amaldiçoado).
    A seguir, Paulo relaciona, perfeitamente, um grupo de gálatas tentando transtornar o Evangelho ao tentar fazer valer a lei da Circuncisão a quem se convertesse ao cristianismo:
    “Mas nem ainda Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se. E isto por causa dos falsos irmãos que se intrometeram, e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão, Aos quais nem ainda por uma hora cedemos com sujeição”. Gálatas 2:3,4
    Em Gálatas 2, de 2 a 15, Paulo admoesta o apóstolo Pedro que errou, tentando ser agradável ao grupo de gálatas que pretendia que a lei da segregação racial vigorasse, também, no Evangelho. A lei da separação racial não vem de Deus, pois Está Escrito no Evangelho que todos somos iguais perante ele, tanto raças como pessoas.
    “Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde”. Gálatas 2:21. Paulo declara que se as leis que escravizavam, que vigoraram até João, permanecessem no Evangelho, Cristo teria morrido em vão. (Continue)

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  5. A Maioria dos pastores evangélicos interpretam errado a Carta aos Gálatas (Parte 5)
    Só quisera saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne? Gálatas 3:2,3
    Acima, Paulo abomina, novamente, as leis retrógradas, leis da carne, as leis das obras da carne (tais como as leis da circuncisão, do sacrifício de animais nos templos, a lei da morte e outras mais) que nada tem a ver com a fé cristã. Mas atenção, nada a ver com as obras de caridade por amor ao semelhante, imprescindíveis para a salvação. Isso está bem explícito no exemplo que Jesus nos deixou através do evento Jovem Rico, na Parábola do Samaritano, do Rico e Lázaro, e principalmente em Mateus, 25:31 a 44 onde Jesus nos revela, sinequaon, a salvação pelas obras e a condenação pela falta delas. Em I Coríntios 13.13 Está Escrito que o amor (amor com obras) é maior ainda que a fé. Confira. Mas confira mesmo!
    “Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las”. Gálatas 3:10.
    Esse preceito acima é o mais usado pelos ignorantes do Evangelho na tentativa da derrocada das leis de Deus, as do Decálogo. Mas as obras da lei citadas são exatamente aqueles que o grupo de gálatas tentou fazer vigorar, também, no Evangelho da Liberdade e da Graça, que naturalmente abomina as leis citadas acima, principalmente a lei da morte a pedradas, a lei dos sacrifícios de animais nos templos, a lei da segregação racial, como também a lei da circuncisão, lei da carne, um tipo de operação de fimose, à faca e sem anestesia. Quanto a isso, imaginem o apóstolo Paulo, frente a um grupo de pagãos convertidos ao cristianismo, dizendo a eles:
    “Meus irmãos, dou graças pela vossa conversão à religião de Jesus, mas para que ela se consolide, é necessário que eu agora, com esta faca, corte o prepúcio de vossos pênis para que se cumpra a lei. Vai doer em todos e em alguns vai infeccionar, mas só assim vocês poderão pertencer à religião da Liberdade e da Graça de Jesus”.
    Acima, se Paulo tivesse permitido que as leis das obras (como as citadas) integrassem o Evangelho, como pretendia o secreto grupo de gálatas, onde estaria a Liberdade e a Graça de Jesus? Por isso mesmo Paulo escreveu acima “que todos os que estão debaixo das leis das obras são malditos.
    “E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé”. Paulo cita, novamente, as leis retrógradas, que só valeram, num tempo, para regularizar as relações entre os hebreus israelitas nos sofridos 40 anos de deserto.
    “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”. Gálatas 3:13.
    Acima, Cristo nos livrou das trevas e nos conduziu para a Luz. Da maldição para a Graça. Das leis escravas para a Liberdade. Das Obras da carne para a fé.
    “Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio. Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo”. Gálatas 3:23-27 (Continue)

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  6. A Maioria dos pastores evangélicos interpretam errado a Carta aos Gálatas (Parte 6)
    Antes de Jesus, valiam as leis existentes, a dos sacerdotes, dos príncipes e fariseus dos templos, que como revela Paulo, serviram a eles como um tipo de aio até que veio Jesus. A palavra grega AIO é o mesmo que tutor. Assim Paulo revela que no Evangelho cessaram as atribuições do tutor a favor da lei da Graça e da Liberdade da religião de Jesus.
    Nos primórdios do primeiro século, principalmente entre os gálatas, aconteceram problemas por conta da exigência da separação das leis antigas, tal qual da lei da circuncisão, pois as leis de Levítico ainda permaneceram fortes pelo menos até o apóstolo Paulo que lutou bastante para que tais leis retrógradas e já sem efeito, fossem esquecidas completamente, mesmo que já estivesse Escrito que tais leis só vigoraram até João. Nada a ver com as leis do Decálogo, os fundamentos do Evangelho, imprescindíveis para a salvação, segundo Jesus nos revelou através do exemplo do Jovem Rico.
    -- Mestre, como farei para me salvar?
    -- Guarda os mandamentos. Tu sabes os mandamentos (a seguir, Jesus cita alguns mandamentos para mostrar que se referia aos mandamentos do Decálogo, legitimando-o, mas uma vez)
    -- Mestre, isso já faço desde a minha infância.
    A seguir, Jesus lhe revela (e por tabela a nós todos) que somente pela guarda das dez leis não haverá salvação sem a integração forte do amor de caridade ao semelhante, que necessariamente tem de ser seguido pela divisão dos bens materiais aos mais necessitados. Jesus nos revela que sem as obras de caridade não haverá salvação.
    -- Então te falta uma coisa. Vá e venda as tuas propriedades e reparta-as com os necessitados.
    “Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé”. Tiago 2:24.
    Então, Cristo nos revela, sem condições de refutação alguma, que sem as obras de caridade de 1 Coríntios 13:13 e de Tiago, capítulo 2:14 a 18, e sem a guarda das leis do Decálogo não haverá salvação. Outro dia, recebi uma mensagem de um pastor revidando esse exemplo de Jesus, valendo-se do evento do ladrão crucificado ao lado dele, ao qual foi prometido a salvação, sem que o mesmo tivesse observado as leis de Deus e que não tivesse realizado caridade alguma por amor ao semelhante. Ora, é fácil perceber que, Jesus, que conhecia os pensamentos dele, sabedor de seu sincero arrependimento por seus crimes contra o semelhante, por certo também soube que se ele pudesse viver mais um tempo, convertido, certamente guardaria as leis de Deus e promoveria obras por amor ao semelhante. Mas não teve tempo, por isso Jesus resgatou-o para a salvação, ao contrário do outro criminoso que não aceitou a Jesus nem na hora da morte. Por esse exemplo Jesus nos revelou, também, que se mesmo na agonia da morte nos arrependermos verdadeiramente de nossos pecados, nós nos salvaremos pela Graça de Deus. Mas essa possibilidade é muito perigosa, pois a morte pode nos pegar entre uma passo e outro, sem aviso algum.
    “Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?”. Gálatas 4:9, (Continue)

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  7. A Maioria dos pastores evangélicos interpretam errado a Carta aos Gálatas (Final)
    Acima, não há possibilidade alguma de Paulo nomear as leis do Decálogo de Deus, fundidas nas Rochas das Leis, como fracas, pobres e de rudimentos inúteis, portanto, mais uma vez Paulo abomina as antigas leis que só vigoraram até João.
    A seguir, Paulo novamente abomina as leis antigas que escravizavam, amaldiçoavam e até matavam:
    “Eu bem quisera agora estar presente convosco, e mudar a minha voz; porque estou perplexo a vosso respeito. Dizei-me, os que quereis estar debaixo da lei, não ouvis vós a lei?” Gálatas 4:20,21.
    A seguir, até o verso 31, Paulo compara as leis antigas aos dois filhos de Abraão: o primeiro filho de uma escrava e o segundo filho de Sarah, segundo a Promessa. Isaque tornou-se o filho da Promessa.
    Provando, agora, que na Carta aos Gálatas Paulo reprendia um grupo de gálatas por querer a continuação das leis retrógradas no Evangelho, ele cita, diretamente, uma dessas leis e ordenanças da carne que escravizavam: a lei da circuncisão. Nesses versos Paulo deixa muito bem claro que um dos jugos da escravidão se tratava da lei da circuncisão:
    “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão. E de novo protesto a todo o homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei. Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído”. Gálatas 5: 1 a 3.

    Somente pelo verso acima tomamos conhecimento de que Paulo nunca e jamais fez qualquer alusão nociva às 10 leis de Deus, instituídas para obediência da Humanidade.

    “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados”. I João 5:3

    “Todos os que querem mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo. Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a lei, mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne”. Gálatas 6:12 a13

    Então, por todas as colocações bíblicas acima, não há Verdade alguma sobre aqueles que atentam conta as Dez Leis de Deus, essas instituídas, promulgadas e propagadas a bem da Humanidade.
    Fiz-me acaso vosso inimigo, dizendo a verdade? Gálatas 4:16.
    Waldecy Antonio Simões
    walasi@uol.com.br

    www.segundoasescrituras.com.br
    O Tratado sobre as leis de Deus Elaborado cuidadosamente, e com todos os detalhes sobre as leis bíblicas, pois nada no Universo funciona sem leis.
    http://www.segundoasescrituras.com.br/livrosword/122pastoresinterpretamerradoacartaaosgalatas.doc O livro de Gálatas é interpretado errado pela maioria evangélica, também pelos pastores e de maior prestígio. Waldecy Antonio Simões. walasi@uol.com.br

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  8. A Maioria dos pastores evangélicos interpretam errado a Carta aos Gálatas (Final)
    Acima, não há possibilidade alguma de Paulo nomear as leis do Decálogo de Deus, fundidas nas Rochas das Leis, como fracas, pobres e de rudimentos inúteis, portanto, mais uma vez Paulo abomina as antigas leis que só vigoraram até João.
    A seguir, Paulo novamente abomina as leis antigas que escravizavam, amaldiçoavam e até matavam:
    “Eu bem quisera agora estar presente convosco, e mudar a minha voz; porque estou perplexo a vosso respeito. Dizei-me, os que quereis estar debaixo da lei, não ouvis vós a lei?” Gálatas 4:20,21.
    A seguir, até o verso 31, Paulo compara as leis antigas aos dois filhos de Abraão: o primeiro filho de uma escrava e o segundo filho de Sarah, segundo a Promessa. Isaque tornou-se o filho da Promessa.
    Provando, agora, que na Carta aos Gálatas Paulo reprendia um grupo de gálatas por querer a continuação das leis retrógradas no Evangelho, ele cita, diretamente, uma dessas leis e ordenanças da carne que escravizavam: a lei da circuncisão. Nesses versos Paulo deixa muito bem claro que um dos jugos da escravidão se tratava da lei da circuncisão:
    “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão. E de novo protesto a todo o homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei. Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído”. Gálatas 5: 1 a 3.

    Somente pelo verso acima tomamos conhecimento de que Paulo nunca e jamais fez qualquer alusão nociva às 10 leis de Deus, instituídas para obediência da Humanidade.

    “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados”. I João 5:3

    “Todos os que querem mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo. Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a lei, mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne”. Gálatas 6:12 a13

    Então, por todas as colocações bíblicas acima, não há Verdade alguma sobre aqueles que atentam conta as Dez Leis de Deus, essas instituídas, promulgadas e propagadas a bem da Humanidade.
    Fiz-me acaso vosso inimigo, dizendo a verdade? Gálatas 4:16.
    Waldecy Antonio Simões
    walasi@uol.com.br

    www.segundoasescrituras.com.br
    O Tratado sobre as leis de Deus Elaborado cuidadosamente, e com todos os detalhes sobre as leis bíblicas, pois nada no Universo funciona sem leis.
    http://www.segundoasescrituras.com.br/livrosword/122pastoresinterpretamerradoacartaaosgalatas.doc O livro de Gálatas é interpretado errado pela maioria evangélica, também pelos pastores e de maior prestígio. Waldecy Antonio Simões. walasi@uol.com.br

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